Pela PUC-Rio, bacharelou-se em Física (1994) e fez Mestrado (1996), obtendo pelo CBPF o título de Doutor (2000) na área de Teoria Quântica de Campos. Como recém-doutor, passou um ano no Grupo de Física Teórica da Universidade Federal de Itajubá.
Interessando-se pela fundamentação filosófica dos conceitos e teorias físicas, retirou-se da pesquisa na Universidade para dedicar-se ao estudo autônomo a fim de entender melhor de que trata a Física. Desde então lecionou oito anos no Ensino Médio e atualmente (desde 2010) leciona no Departamento de Física da PUC-Rio.
Traduziu para o português "O Enigma Quântico - Desvendando a chave oculta", de Wolfgang Smith, e "Física e Realidade Reflexões Metafísicas sobre a Ciência Natural", de Carlos Casanova, ambos pela CEDET, Campinas, SP. A motivação para abordar a Física desde fora surgiu de perguntas como: É normal a situação em que os maiores expoentes de uma ciência admitam não saber de que estão falando? O que quis dizer o prêmio Nobel Richard Feynman ao afirmar que ?ninguém entende a Mecânica Quântica?? Como é possível cientistas sérios proporem interpretações da Mecânica Quântica em que a consciência do observador determina o acontecer físico, ou de que existam múltiplos universos sendo criados a todo instante? Ou ainda, como entender a solução de desespero? de que não é tarefa do físico profissional fazer nem responder essas perguntas? E como articular isso com as conquistas da ciência moderna?
Aristóteles e a escolástica medieval não poderiam ter previsto os descobrimentos da nova física, mas estabeleceram os conceitos que possibilitaram seu surgimento e embasam seu entendimento. As noções de matéria, de ato e potência e de substância e acidentes, entre estes a quantidade e a qualidade, dão a única inteligibilidade possível do mundo natural. Porém, a alteração do significado de alguns destes conceitos e o abandono de outros na entrada da modernidade levou à confusão que capturou a mente dos mais brilhantes cientistas do século XX. Esta confusão tem origem em teorias do conhecimento pouco cuidadosas e em teorias sobre a realidade completamente equivocadas, as quais, apesar de propícias ao rápido desenvolvimento da matematização do mundo natural, acabam por levar a uma perda cognitiva do objeto de estudo das ciências.
Contar esse desenvolvimento torna-se tarefa urgente, não apenas para recuperar o senso do ponto de contato das teorias modernas com a realidade, mas até mesmo para salvar a própria ciência do assalto do irracionalismo desconstrucionista pós-moderno, que a transforma em nada mais que um apêndice da política, um discurso como qualquer outro.