Assembléia Universitária Relatório da Reitoria da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro 1996
Relatório da Reitoria da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro 1996
16/12/2008

 

 

 

 

Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 1996

 

 

 

Do: Pe. Reitor

Para: Membros da Assembléia Universitária

 

 

 

Prezado Membro da Assembléia Universitária,

                                   Tenho a satisfação de colocar em suas mãos o Relatório da Reitoria relativo ao ano de 1996. Como é lógico, nele não pretendo ser exaustivo em relação a tudo o que foi feito, na Universidade, nos últimos dois anos. Apenas destaco alguns pontos que me parecem mais significativos.

                                   Dada a impossibilidade de uma discussão durante a sessão da Assembléia, que, por sua própria natureza, é limitada, peço que, se assim o achar conveniente, me encaminhe por escrito os seus comentários e sugestões. A colaboração de todos é fundamental para o bom andamento da nossa Universidade.

                                   Obrigado pela sua colaboração,

 

 

                                                                                               Pe. Jesús Hortal, Sánchez, SJ

                                                                                                                  Reitor

 

 


 

RELATÓRIO DA REITORIA 1996

 

O Estatuto da PUC, no seu artigo 45, determina: “a Assembléia Universitária reunir-se-á ordinariamente duas vezes por ano”.  O artigo 46 acrescenta que compete à mesma Assembléia: “I – Tomar conhecimento do plano anual de trabalhos da Universidade, na abertura do ano letivo; II – Tomar conhecimento dos relatórios de atividades e realizações do ano anterior”. Nos termos do art. 44, a mencionada Assembléia é constituída “por todo o Corpo Docente e pelos membros do Conselho de Desenvolvimento”.

Nos últimos anos, a Assembléia foi efetivamente convocada no início de cada ano letivo, com motivo da aula magna inaugural, quando também se aproveitou a oportunidade para expor os planos de trabalho; não aconteceu, porém, assim no encerramento dos trabalhos do ano escolar, nem foi apresentado formalmente o relatório de atividades e realizações. É verdade que o fluxo de informações tem sido bastante regular, tanto através do PUC Urgente e do nosso Jornal da PUC, quanto das reuniões de Diretores ou das sessões dos diversos Conselhos. Parece-me, porém, que é altamente conveniente apresentar um relatório completo, conforme está previsto no Estatuto, abrangendo os quase dois anos da minha gestão. Dada a complexidade do assunto, não creio que seja oportuno realizar, nesta sessão, uma discussão geral. Como, porém, todos têm o texto escrito em mãos, solicito me sejam encaminhadas todas as observações que acharem pertinentes, para o melhor andamento da Universidade.

 

I. A procura do equilíbrio econômico e a política de pessoal

Tomei posse no dia 6 de março de 1995. Após as turbulências causadas pela crise de 1993 – quando a diminuição de recursos provindos do MCT e a atuação de um grupo de professores, que perderam a sua esperança no futuro da PUC, nos colocaram numa situação delicada – a Universidade procurava reencontrar a sua tranquilidade. Essa foi a minha primeira preocupação: descortinar um horizonte de tranquilidade, que nos permitisse um trabalho profícuo. Para tanto, eram imediatamente necessárias duas coisas: o prosseguimento da política de austeridade já iniciada, e a procura de novas fontes de recursos. A tarefa não era fácil e exigia a colaboração e o esforço de todos. Dentro dessa política de austeridade, procuramos aplicar as normas existentes sobre as tarefas a serem executadas pelos docentes, de modo especial as horas a serem dedicadas efetivamente ao ensino. Mantivemos assim o quadro principal do nosso corpo docente em níveis compatíveis com a realidade econômica atual, mas procurando, ao mesmo tempo, não prejudicar  a qualidade do trabalho universitário. Recentemente, conseguimos inclusive preencher, em pequena mas significativa medida, alguns dos claros provocados em nosso corpo docente pela mencionada crise. Prova do acerto das medidas tomadas se encontra nas recentes avaliações da CAPES, que mostram o nosso sucesso na luta constante por construir uma Universidade de excelência, onde ensino e pesquisa se encontrem plenamente integrados. Ao mesmo tempo, conseguimos manter a retribuição de professores e funcionários num nível perfeitamente compatível com a nossa realidade nacional. Embora em níveis modestos, de acordo com as nossas possibilidades, implantamos um fundo gerador de benefício (conhecido como “complementação de aposentadoria”), assim como um programa de cesta básica para os nossos funcionários, que hoje já atinge a grande maioria deles. Ainda mais, no plano econômico, não só honramos em dia as nossas obrigações, como também conseguimos pagar mais de um milhão de reais de férias atrasadas e liquidamos os compromissos pendentes com os Bancos Itaú, Boavista e de Boston. Não tomemos, porém, esses dados como sinal de abundância. Embora tendo conseguido planos de pagamento bastante favoráveis, que nos dão tranquilidade para o futuro, continuamos a ter obrigações financeiras a cumprir com o BNDES, a Caixa Econômica Federal, o INSS e a Receita Federal.

 

II. As nossas fontes de financiamento

Em relação o financiamento, reafirmo a nossa convicção de que uma Universidade como a nossa, plenamente dedicada às finalidades previstas na Constituição – ensino, pesquisa e extensão –, integrada na Comunidade, sem fins lucrativos, com estrutura participativa e amplamente reconhecida pela comunidade acadêmica tem o direito de receber recursos públicos. Por isso, continuamos e continuaremos a pleitear a ajuda do MCT, que, com as irregularidades próprias do atual momento econômico brasileiro, nos foi dada nos dois últimos anos, embora em medida bastante inferior ao que poderíamos esperar. A atuação do Decanato do CTC junto ao Ministério foi de fundamental importância para a alocação e liberação de recursos. Contudo, atrasos e cortes de verbas alocadas, não só do MCT, mas também do CNPq e do MEC (incluindo aí as quantias relativas ao CREDUC) não deixaram de provocar-nos dificuldades na nossa execução orçamentária. Se a essas dificuldades juntarmos a anunciada intenção da CAPES de cortar, a partir do ano que vem, em caráter definitivo, as taxas acadêmicas , veremos que precisamos continuar a praticar a mesma política de austeridade, sob pena de destruir uma boa parte do que foi construído com o esforço de todos.

Na procura de novas fontes de financiamento, devemos mencionar, em primeiro lugar, o grande esforço despendido na interação Universidade–Empresa. A atuação da Vice-Reitoria de Desenvolvimento e a criação do Escritório de Desenvolvimento do CTC foram de inestimável valor nesse sentido. Mas não podemos esquecer as iniciativas de muitos Departamentos e de um bom número de integrantes do Corpo Docente. A PUC se encontra hoje firmemente presente e com crescentes perspectivas de interação com a Indústria. Devemos, porém prestar atenção para que os esforços neste campo se integrem dentro de um plano institucional, em sintonia com os projetos globais de cada Departamento e da Universidade como um todo, estimulando as linhas de pesquisa e não impedindo o ensino. O perigo do individualismo e da compartamentização é real e devemos ficar vigilantes para evitá-lo.

O aumento de alunos da graduação, tão evidente aos olhos de todos, representou, sem dúvida, também um reforço econômico significativo. Quero, porém, ressaltar que tal aumento foi conseguido principalmente através do combate à evasão. Nos três últimos anos, não houve aumento do número de vagas oferecidas no vestibular; ao contrário, os Departamentos de Economia, Artes, Letras e Educação as reduziram, em maior ou menor medida, e alguns Departamentos, levando em conta o acúmulo de petições, restringiram de modo significativo as transferências externas. Unicamente o Departamento de Administração, por causa da criação do curso diurno, acrescentou vagas novas durante os últimos quatro anos. Mesmo assim, entre 1993 e 1996, houve um aumento de, aproximadamente, 33% no número de alunos da Graduação, enquanto o dos da Pós-Graduação ficou praticamente estável. Houve também – com a colaboração de muitos Departamentos – uma forte expansão da Extensão, não só no número de alunos, mas também na variedade dos cursos, que supõem um notável serviço à comunidade. À par desse aumento de alunos, procuramos aplicar uma política realista no reajuste das mensalidades.

 

III. O esforço para melhorar a qualidade do ensino

O aumento de alunos de que falamos está a exigir um esforço de melhora da qualidade do nosso ensino de Graduação. Para conseguir esse objetivo, não poupamos esforços, construindo, por exemplo, salas de micros de uso geral no RDC, ou de uso específico, para o Departamento de Comunicação e para o Ciclo Básico do CTC. Estamos tentando dar um salto de qualidade, com a construção de novas salas de aula e a reforma das antigas, a serem equipadas com as facilidades necessárias ao uso dos modernos meios audiovisuais. Durante este verão, serão tomadas já algumas medidas concretas nesse sentido, como a instalação de telas de projeção nas salas de aulas. Encontra-se já em construção um novo sistema de transmissão de dados e de voz, mediante uma rede em fibra ótica. E estamos estudando uma renovação total da nossa mesa telefônica, com a sua completa digitalização.

A qualidade da graduação se tem beneficiado também da ampliação e seriedade do programa de iniciação científica, cujos seminários mostram claramente o empenho de professores e alunos. A implantação do nosso programa de avaliação institucional (“PAI-PUC”),  que se insere no quadro mais amplo do PAIUB (Programa de Avaliação Institucional das Universidades Brasileiras) é uma garantia de que o nosso esforço de melhora da qualidade não ficará restrito a iniciativas isoladas e esporádicas. A Universidade como um todo deve colocar-se em estado de avaliação permanente, na procura também permanente da excelência acadêmica. A reforma dos currículos é igualmente um trabalho permanente que se inscreve dentro desse esforço de melhora da qualidade. Quero citar, a este respeito, de modo especial, o REENGE, cuja importância transcende os limites da Universidade, para converter-se num instrumento de melhora da qualidade do ensino da engenharia em todo o país.

Também dentro desse esforço de melhora, devemos citar os novos cursos de pós-graduação, implantados nos últimos dois anos: doutorados em administração e economia e mestrado em metrologia. Este último é uma demonstração palpável das novas tendências da educação, marcadas pela interdisciplinaridade e a interação com outras instituições da sociedade civil. Departamentos que ainda não contam com uma pós-graduação completa, encontram-se empenhados na tarefa de criá-la. Na mesma linha de inovação, se encontra o Projeto Gênesis, a nossa incubadora de empresas, cuja sede se encontra em construção, mas que já apresenta frutos visíveis. E já se vislumbram novas atuações nesse campo de geração de empresas com a Projeta Júnior e o Infogênesis, ao mesmo tempo em que continuam expandindo-se os estágios profissionais.

 

IV. A demanda de espaço  e a melhora das instalações físicas do campus

A Universidade não se limita às salas de aula. O nosso campus possui características privilegiadas, com ampla área verde e condições para uma verdadeira integração entre os diversos Departamentos. Por causa, porém, das dificuldades financeiras quase permanentes que atravessamos durante longos anos, as nossas instalações deixam bastante a desejar. Por isso, durante o último ano empreendemos uma série de ações de recuperação e melhora delas. Assim, foram contratadas firmas especializadas de consultoria, que nos deram um retrato fiel do estado dos nossos elevadores e instalações elétricas. Logo depois, com doações recebidas de uma fundação que prefere o anonimato, foi acometido o trabalho de recuperação de ambas facilidades, com resultados já visíveis, trabalho esse que prosseguirá ao longo do novo ano. Com motivo do II Congresso Católico de Estudantes, foram feitas algumas reformas de baixo custo no ginásio, transformando-o num espaço bem mais agradável, ao mesmo tempo em que as aulas contíguas ficavam melhor protegidas contra o ruído. O antigo “salão de vidro”, que já sofrera no passado diversas modificações, especialmente para a instalação do novo espaço do Centro de Pastoral, foi ulteriormente dividido, vertical e horizontalmente, permitindo a construção de duas salas modernas e confortáveis, ao mesmo tempo em que se gerava espaço para as novas instalações do laboratório de métodos formais, um empreendimento de pesquisa de reconhecido prestígio internacional. Também o auditório AQ5 foi dividido em duas salas, permitindo uma acomodação mais confortável de duas turmas grandes. Pequenos espaços foram ganhos também na sede da CCE, no RDC e seu anexo e no laboratório de optoeletrônica. Reformas houve um pouco por toda a parte, desde a sede do CUF, até os novos laboratórios do ITUC ou os espaços do Departamento de Letras. Estamos para começar a recuperação da fachada do Edifício Cardeal Leme, fortemente deteriorada pelo transcurso do tempo. Também pretendemos conseguir um melhor aproveitamento de espaço nos atuais B2 e B4, com a sua divisão horizontal e vertical. Nem podemos esquecer o esforço contínuo de atualização e inovação dos laboratórios de pesquisa, com o emprego de recursos provenientes de diversas fontes, especialmente dos convênios com a indústria e do PADCT.

Contudo, a demanda de espaço físico continua a ser um dos problemas mais prementes da Universidade. Há antigos pleitos de Departamentos que não têm condições de oferecer aos seus docentes as condições mínimas para uma fixação mais intensa no campus. Há a demanda gerada pelas novas técnicas de ensino, especialmente através da informatização, que exigem maior quantidade de espaço para o mesmo número de alunos. Há igualmente a necessidade de sediar um número crescente de projetos de pesquisa em parceria com a indústria. Não podemos, por outro lado, continuar a permitir ações isoladas e anárquicas, que levam a uma ocupação totalmente inadequada do nosso terreno, com construções de baixa qualidade e não integradas no conjunto do nosso campus. Encontra-se atualmente nas instâncias competentes da Prefeitura Municipal o projeto de Plano Diretor do campus, com a previsão de construção de 40.000 m2. Dentro desse plano, esperamos poder prolongar o edifício Cardeal Leme, para o que já foi elaborado o projeto arquitetônico completo, recentemente aprovado pelos organismos municipais. Como o Patrimônio Histórico está exigindo a demolição do atual ginásio, por causa da sua proximidade do Solar Grandjean de Montigny, com o qual conflita arquitetonicamente, o plano prevê também a construção de um novo ginásio, mais amplo e melhor instalado, inclusive com garagem na parte inferior, no terreno do estacionamento. No lugar do atual, prevê-se a construção da igreja universitária, tão necessária para as nossas atividades pastorais e que servirá para marcar externamente o caráter católico da PUC. O projeto arquitetônico do novo ginásio já foi aprovado pela Prefeitura Municipal. A sua execução, porém, deverá obedecer à disponibilidade de recursos para essa finalidade. Outros dois projetos arquitetônicos estão sendo elaborados. Em primeiro lugar, o do Centro de Artes, na atual quadra de tênis, que servirá não só para as necessidades do respectivo Departamento, mas também como ponto de apoio para o nosso Centro Cultural, o Solar Grandjean de Montigny. Em segundo lugar, o novo IAG, ou melhor, o CDG, com as facilidades necessária para o Departamento de Administração.

Com vistas a uma ulterior expansão, a Universidade adquiriu, com recursos repassados pela Fundação Pe. Leonel Franca, o terreno situado na Rua Marquês de São Vicente, 389. Encontra-se em estudo o melhor aproveitamento desse espaço, com a possível transferência da atual residência e liberação, para usos acadêmicos, do edifício atualmente ocupado pela Comunidade jesuítica.

 

V. A reafirmação da identidade da PUC

De acordo com o que levamos dito, caracterizamo-nos como uma Universidade Comunitária, de Pesquisa, na procura constante de Excelência. Mas a nossa identidade inclui também os adjetivos Pontifícia e Católica. O marco referencial é bem claro, ao indicar o significado desses qualificativos. Por isso, temos colocado esse marco nas mãos dos novos docentes e alunos, e continuaremos a difundi-lo o mais amplamente possível. Por isso também, a Reitoria dará todo o apoio necessário às atividades de cunho pastoral.

A esse respeito, podemos indicar que a Pastoral ampliou as suas atividades, para as quais temos conseguido também recursos externos. Foram retomadas as reuniões periódicas de professores cristãos. Continuaram também regularmente as reuniões do grupo de reflexão Leonel Franca. Por iniciativa do anterior Reitor, Pe. Laércio, e em sintonia com as Universidades Católica de Petrópólis e Pontifícia do Paraná, foi lançada a REUNE (Rede Universitária da Nova Evangelização), que tenta coordenar os esforços dos mais de vinte grupos de caráter pastoral que atuam dentro da Universidade. Destaque especial merece o Segundo Congresso Católico de Estudantes Universitários do Rio de Janeiro, celebrado no dia 18 de agosto deste ano, com uma participação que ultrapassou amplamente o milhar de estudantes. Paralelamente a ele, foi celebrado o I Encontro de Professores Católicos do Rio de Janeiro, com mais de uma centena de docentes de diversas Universidades; e o encontro de Funcionários Católicos da PUC, com a presença de mais de quarenta. Destaque especial merece o Centro Loyola de Fé e Cultura, que se firmou como um ponto de referência no Rio de Janeiro, no diálogo entre a Igreja e a Academia.

Também desenvolvemos esforços para uma visualização externa da nossa identidade. Com a colaboração do Departamento de Artes, o nosso brasão, que se tornou um símbolo tão querido por nós todos, sem perder nada de suas características originais, foi simplificado nos seus elementos ornamentais, a fim de permitir uma melhor compreensão da parte do observador.

O caráter específico da PUC, como comunitária e católica, se manifesta também na variada ação social, desenvolvida quer nos serviços oferecidos à comunidade (EMA, NEAM, NOAP, SPA), quer na concessão de bolsas de estudo a mais de um quarto dos nossos alunos de graduação, quer nos estágios sociais em numerosas comunidades carentes, quer em projetos acadêmicos de cunho marcadamente social, como a organização das cooperativas de catadores, a contenção de encostas ou o uso de materiais alternativos. Reitero, nesta oportunidade, o que já escrevi em diversos artigos no nosso Jornal da PUC: a Universidade apoia plenamente essas iniciativas e se sente orgulhosa pela sua realização.

A Vice-Reitoria para Assuntos Comunitários vem desenvolvendo, neste contexto, um trabalho notável, que poderá contar sempre com o apoio da Reitoria. A mesma Vice-Reitoria ampliou notavelmente as promoções culturais, algumas delas em colaboração direta com os alunos. Quero destacar apenas duas, porquanto mais significativas: a Infopuc e a nossa participação na Feira da Divina Providência.

Dentro da reafirmação da identidade da PUC, devemos destacar também o fortalecimento da Associação de Antigos Alunos, que inclusive começa a relacionar-se com associações congêneres, em âmbito nacional e internacional.

 

VI. A reorganização de nossas estruturas

Pela sua própria natureza, a PUC é uma Universidade Comunitária. Por isso, temos fomentado a corresponsabilidde de todos. Ao longo destes dois anos, foi mantida a regularidade dos Conselhos estatutários, com representação de todos os segmentos da nossa comunidade: Conselho Universitário, Conselho de Ensino e Pesquisa e Conselho de Desenvolvimento. A eles foram acrescentados outros dois: O Conselho da Pastoral e o Conselho dos Professores Titulares; este último com a incumbência de ajudar a Reitoria na formulação das políticas gerais da Universidade. Também foi concedida uma atenção especial à reunião mensal dos Diretores, fórum de informações e intercâmbio de pontos de vista da maior importância.

Na procura de uma maior eficiência, quero lembrar a restruturação havida na Vice-Reitoria Acadêmica, com a criação das Coordenações Centrais de Avaliação e Planejamento Acadêmico, e de Administração Acadêmica, ao mesmo tempo em que a Coordenação Central de Extensão passava a assumir também as funções da antiga CCPP, e a Coordenação Central de Intercâmbios Internacionais ampliava o seu raio de atuação. Também foram criadas coordenações permanentes para o Vestibular e para o PIBIC.

Na Vice-Reitoria Administrativa, está em andamento uma consultoria externa, que nos permitirá atuar com maior eficiência. Também se encontra em fase adiantada de implantação o plano de cargos e salários dos nossos funcionários, para o qual também contamos com o trabalho de consultoria externa. Creio que o recurso a consultores externos se torna cada vez mais necessário, para não cairmos na tentação da autocontemplação. Fizemos muitas coisas com poucos recursos, é verdade, mas precisamos olhar sempre para metas ulteriores.

 

VII. Relacionamento externo da Universidade

Ao longo destes quase dois anos, tenho procurado acentuar a presença da PUC em todos os foros. Pessoalmente, sempre que possível tenho participado de numerosas reuniões, e quando isso não me foi possível procurei enviar algum representante. Assim, nestes dois anos, a PUC esteve presente em nível internacional, nas assembléias da Associação de Internacional de Reitores de Universidades (IAUP), da Associação de Universidades de Língua Portuguesa (AULP), da Organização de Universidades Católicas da América Latina (ODUCAL) e da Associação de Universidades Jesuíticas da América Latina (AUSJAL); em nível nacional,  nas reuniões do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (CRUB), da Associação das Universidades Comunitárias (ABRUC), da Associação Brasileira de Escolas Superiores Católicas (ABESC), da Associação Nacional de Mantenedoras de Escolas Católica (ANAMEC), do Fórum de Reitores do Rio de Janeiro e da Associação de Mantenedoras de Escolas Superiores (AMES). Através dos Vice-Reitores e Coordenadores Centrais, também tem sido notável a nossa presença em reuniões dos diversos fóruns de Pró-Reitores. Tenho sido procurado, com muita frequência, por jornais nacionais e estrangeiros e por emissoras de rádio e TV e, sempre que me foi possível, concedi as entrevistas solicitadas, por considerar que elas contribuem para difundir a imagem de nossa Universidade. Por outro lado, são inumeráveis os convites que diariamente recebo para participar de seminários, fóruns de discussão, mesas redondas, eventos comemorativos, políticos ou culturais. Vejo-me, por isso, obrigado, para me representar nesses atos, a recorrer à ajuda de muitos dos nossos professores, aos quais desejo agradecer de todo coração a sua colaboração.

Finalizando, quero manifestar publicamente a minha gratidão a quantos, dentro e fora da comunidade universitária, nos deram o apoio necessário. São muitos e seria muito difícil enumerar todos eles. Mas não quero terminar esta já longa exposição sem agradecer sinceramente a Deus Nosso Senhor, que nos acompanhou durante todo este tempo e que repetidamente tem manifestado a sua amorosa providência sobre a PUC. O Coração de Cristo, sob cujo patrocínio se encontra a Nossa Universidade, é para nós a garantia de que não nos faltará o auxílio divino. Do fundo do meu coração, brota uma oração de louvor ao Senhor. A Ele o nosso muito obrigado!

                                                                                  Pe. Jesús Hortal, Sánchez, SJ

                                                                                                          Reitor

 


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