Na semana em que as manifestações estudantis agitam São Paulo, no Rio, alunos da PUC-Rio também querem reivindicar. Os estudantes ocuparam desde as 10h30 desta até as 11h desta quinta-feira (10) os Pilotis do edifício da Amizade para um protesto rápido contra uma nova medida da universidade que passaria a cobrar uma taxa para que empresas pudessem contratar estagiários. A norma traria um valor único de R$ 60 pelo primeiro contrato, com vigência de seis meses, e de R$40 por cada termo aditivo. Algo equivalente a R$8 por mês de cada contrato no seu primeiro ano. Empresas públicas estariam livres da cobrança.
Estudantes se reúnem nos pilotis do edifício Amizade em protesto na PUC
O protesto pacífico ocupou grande parte do espaço e atraiu alunos de diversos cursos. A manifestação ganhou forças com a página do evento no Facebook com mais de duas mil pessoas confirmando presença. Também foi realizado um abaixo assinado online contra a mudança. Uma das integrantes do DCE (Diretório Central dos Estudantes) da universidade iniciou o discurso criticando o distanciamento da PUC-Rio na tomada de decisões.
Universidade cobra R$ 60 por taxa de estágio
"A universidade precisa atender aos estudantes sempre e na aplicação da taxa não foi assim. A PUC não é uma universidade qualquer e nós queremos ser ouvidos. Ontem nós conseguimos isso com o Lacombe, mas é só o primeiro passo". Na noite desta quarta-feira (9) os criadores da página já garantiam "O evento ainda não aconteceu, mas já foi um sucesso". Isso porque após uma conversa com André Lacombe, Coordenador do CCESP e com o Vice-Reitor da PUC-Rio Augusto Sampaio foi garantido que nenhum aluno seria prejudicado. Uma nota oficial da universidade também foi divulgada na rede social. A estudante de jornalismo e organizadora da manifestação Lais Fernandes reiterou as explicações presentes na nota. "Não vamos ser prejudicados. A taxa não será cobrada até janeiro. Se algum aluno tiver problemas relacionados a isso entre em contato com a gente, com o DCE. Esse protesto não acaba aqui, conseguimos adiar a taxa, mas não podemos deixar isso ser esquecido".
