Gazeta Tipo de Clipping: WEB
Data: 16/07/2014
Veículo: Gazeta do Povo
Alimentos aliviam peso da inflação
16/07/2014
O alívio nos preços de alimentos, captado em junho com a primeira deflação do grupo em quase um ano no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve continuar nos próximos meses e já entra na conta de economistas como uma “mãozinha” ao governo para ajudar a conter a inflação em 2014. Depois do susto do início do ano, quando a alimentação no domicílio subiu 2,43% em meio à estiagem, hoje há quem aposte que este grupo pode terminar o ano abaixo da inflação média, o que não ocorre desde 2011.

A combinação de clima mais favorável, boa perspectiva de safra de grãos no exterior e demanda menos aquecida, devido aos passos lentos da economia, sustentam essa expectativa. No mês passado, ficaram mais baratos desde itens in natura, como tomate e batata, até beneficiados, como iogurtes e óleo de soja, passando por feijão, ovo, leite.
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Influência

Percepção de inflação dos consumidores continua alta

A percepção de inflação dos consumidores, captada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) para o próximo ano, subiu de 7,2%, em maio, para 7,4%, em junho. A explicação, para o economista Angelo Polydoro, da FGV, é que o consumidor pode estar sendo influenciado pelo comportamento de outros preços, como os de tarifas de energia, que avançam com altas de dois dígitos, além dos preços de serviços e a própria inflação acumulada, que tem oscilado em torno do teto da meta (6,5%). “A percepção de inflação tende a aumentar em momentos em que a confiança do consumidor cai. Foi o que aconteceu no fim de 2008, com o início da crise internacional”, afirma.

Para Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índice de Preços do IBGE, o contato constante de consumidores com preços de supermercados é o grande responsável pela sensação de inflação. “Os preços ainda estão num nível alto. Em média, parou de crescer, mas no bolso continua subindo (em 12 meses).”

O economista do Itaú Unibanco Elson Teles considera que, com as novas quedas de alimentos, o consumidor vai acabar sentindo o alívio na inflação ao longo do segundo semestre. “Os alimentos, quando sobem, funcionam como um farol para a sociedade.”

O economista Luiz Roberto Cunha, da PUC-Rio, acredita que a alimentação no domicílio tem tudo para se comportar melhor nos próximos meses e encerrar em cerca de 7%. Ele diz que o inverno menos rigoroso e chuvoso ajuda a segurar os preços in natura. Além disso, há boas perspectivas de safras de soja, milho e trigo nos EUA e na Argentina, o que deve ajudar a conter também os preços das rações de aves e suínos no segundo semestre. Outro fator que pode interferir nos preços de alimentos, como as carnes, é a atividade econômica mais fraca. “Com a renda desacelerando, o consumidor pode não ter capacidade tão grande de compra e isso afeta a demanda por carnes”, afirma Cunha.

Depois de os alimentos caírem 0,11% em junho, julho será de nova deflação, que pode se estender até agosto nas projeções de Elson Teles, economista do Itaú Unibanco. Para ele, a alimentação no domicílio pode terminar o ano em 6%. “Chegamos a pensar que alimentação no domicílio subiria 7%, 8%. No fim das contas, o efeito estiagem não foi tão ruim e começa a se dissipar. Há perspectiva de boas safras e o câmbio está mais apreciado do que imaginávamos”, diz Teles.

Otimismo para 2015

Salomão Quadros, da Fundação Getulio Vargas (FGV), considera que a recomposição dos estoques de grãos, com as boas safras nos Estados Unidos e dentro do país, pode levar à um cenário mais favorável no início de 2015. “Alimentação vai fechar este ano com neutralidade e pode ser até um elemento de alívio no início do ano que vem. A médio prazo, a alimentação em 12 meses não vai além do que já foi, no máximo 7%, e não vai se distanciar da média da inflação. As condições iniciais para 2015 podem ser boas”, prevê Quadros.

Também para Ailton Fornari, da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro, as expectativas são boas. “Se os fatores externos permitirem, até o fim do ano, vamos ter os preços no atual patamar.

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