Gazeta Tipo de Clipping: WEB
Data: 02/08/2014
Veículo: Gazeta Digital
Gazeta Digital: Erros de visão
02/08/2014
A percepção da população em geral de que candidato a cargo legislativo tem muito dinheiro no bolso para gastar em campanhas eleitorais é a que vigora, ate o momento, nas eleições brasileiras. O mesmo acontece para o cargo executivo, mas sem a força de exigências demandadas aos candidatos a deputado federal ou estadual, bem maiores em razão de contato mais próximo entre quem vota e o votado. Esta situação tem descompromissado o futuro representante do povo no legislativo da tarefa de apresentar sua proposta de trabalho e se fixar mais em atender pedidos e favores. Acontece que esta ‘anomalia’ precisa de, e parece estar recebendo, um novo olhar da população. É necessário começar a perceber que o problema de corrupção tem sua origem, em grande parte, nesse tipo de comportamento na relação entre eleitor e candidato, que se vê forçado a fechar as contas da eleição em negociatas. Está na hora do eleitor exigir de si e do político uma nova visão e atitude. É preciso acabar de vez com o voto de cabresto.
Mostra-se bastante perceptível que uma considerável parte da população, principalmente nas regiões mais avançadas, já apresenta sintomas de que procura por um novo pensar na política. Ela quer um político novo, isso não quer dizer na idade, mas na forma de ver, de operar a administração pública. Quer um político que tenha a visão de Estado e não apenas de grupo. Espera por ações que a deixe tranqüila e segura no seu viver. A população procura por qualidade de vida e aos poucos vai entendendo que ela é possível desde que o governo seja competente e cumpra sua parte na administração de suas necessidades básicas.
Isto é difícil de realizar? Não, não é. Também não é difícil avaliar ou mesmo perceber quais os candidatos que apresentam reais condições de atuar em benefício do povo. Pista significativa está em seu passado de atuação pessoal ou mesmo política. Está também no seu discurso em que apresenta o que pretende fazer com o mandato concedido com o voto recebido. Cabe ao povo ver, avaliar e sentir se o político entende o seu desejo de viver sem atropelos e sofrimentos, ou seja, ter seu emprego qualificado funcional e salarialmente, um bom sistema de saúde pública em que possa ser atendido com decência e respeito que a vida merece, com eficiente transporte que o considere como cliente e não carga humana, uma educação que faça a esperança da família se realizar com o acesso do seu filho ao diploma superior e ao mercado de trabalho com segurança e preparo profissional e por aí vai. As campanhas eleitorais precisam sair das propostas genéricas. Esses discursos de que ‘vou fazer’ pela saúde, pela educação, pela segurança etc, etc, sem especificar o quê e de que forma, são meras engabelações. A proposta tem que vir acompanhada de exposição bem detalhada para que o eleitor possa entender sua viabilidade e também fazer uma cobrança futura. Por outro lado, o eleitor tem que cobrar o menu de atividades a que se propõe o candidato e ter mais consciência e respeito ao seu voto que não pode continuar sendo utilizado como moeda de troca. Para mudar esse péssimo perfil político em que se encontra o País, a primeira mudança de comportamento tem que ser do cidadão, do eleitor. Caso contrário, continuaremos tendo apenas cerca de 5% dos eleitores com curso superior completo e 59% entre os analfabetos (8 milhões), semi analfabetos (19 milhões) e com ensino fundamental incompleto (44 milhões), situação de preocupação que tenho há muito exposta em meus artigos e compartilhada por muitos especialistas educacionais, entre eles, Andrea Ramal. Essas são razões pela quais defendo uma ruptura na área da educação, o modelo atual está falido.
Votar pode e deve ser um ato de renovação ou extirpação daqueles que não são compatíveis com a confiança e delegação dada pelo voto para representar o povo. Um péssimo representante, em qualquer esfera do Poder, representa danos a população que o elegeu e, com toda a certeza, prejuízo a toda a Nação. Como exemplo, vemos algumas instituições e o Congresso Nacional de hoje, com algumas exceções, subserviente aos caprichos do Poder Executivo e aceitando todas as trapalhadas originárias de incompetências e incapacidades de administrar o Brasil. Quem paga por isso é o povo, e não pode reclamar porque os eleitos foram votados por ele. Está na hora, por meio do voto, de retirar do caminho elementos ‘ilusionistas’ e ter menos erros de visão.

Rapphael Curvo é jornalista, advogado pela PUC-RIO e pós graduado pela Cândido Mendes. E-mail: raphaelcurvo@hotmail.com

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