Gazeta Tipo de Clipping: WEB
Data: 30/08/2014
Veículo: Gazeta Digital
Gazeta Digital: PNE e a ilha da fantasia II
30/08/2014
Antes de voltar ao assunto Educação do artigo anterior, quero fazer um aparte sobre a situação da candidata Marina Silva. Ela era do PT, de coração, adoradora de Lula, e como viu seu espaço de domínio muito curto, abandonou seus seguidores e se mandou para o Partido Verde. No PV também o mesmo procedimento e partiu para a formação do partido Rede Sustentabilidade, de nome interessante porque encaixa bem com a sua personalidade sendo que na questão sustentabilidade é mão de via única. Mas a rainha não conseguiu o seu intento e como um sanguessuga aderiu ao PSB de Eduardo Campos pouco se importando com as profundas diferenças entre o que propunha no Rede e agora já abraçando até mesmo o agronegócio.
Para Marina Silva, do aborto vale apenas o que está na lei, ou seja, como está na lei pode ser morto o nascituro. Viver juntos, os homossexuais podem, mas não podem ‘assinar papéis’. É uma mulher de postura ideológica, mas quer convidar Lulla e FHC para participarem de seu governo. Fala em ‘nova política’ sem definir o que é isso na prática, até porque voava em jato irregular e como seu maior líder Lula, não sabia de nada. Seu marido, que ganhava até 22/08/14, 18 mil reais no PT do Acre como secretário do governo Tião Viana, apesar dela no PSB, está enrolado com contrabando de madeira no valor de 8 milhões de reais com sua ex ONG.
Marina apóia o Decreto 8.423 de Dillma que passa por cima das atribuições do Congresso Nacional dando poderes aos Conselhos Populares que busca pelo controle do Estado e, no entanto, se diz democrática. Por não ter quadros para formar um governo, abre discurso em aglutinar valores de outros partidos considerados homens de bem e fala em nova política, novas pessoas não comprometidas com a velha política. Não tem qualquer proposta concreta a apresentar e vagueia em todas as direções de forma genérica. Cá pra nós, Marina, vá catar coquinho na ladeira.
De volta ao tema do artigo, Educação, terminei o anterior dizendo sobre o preparo daqueles que tem uma gigantesca responsabilidade perante a Nação, os professores. Essa percepção de que está nas mãos de quem ensina o desenvolvimento de um povo é que não encaixa nas propostas políticas de governo. Acreditam, e os próprios professores também, que ensinar com qualidade depende de bons salários quando deveriam ser estes, salários, conseqüência daquela (qualidade).
Temos hoje no Brasil cerca de 2420 instituições de curso superior sendo que 2112 particulares e 304 públicas. Com esse número, os governos alardeiam as realizações que, como diz o ex-presidente, ‘todos agora podem ter um diploma’ e isso por si só já basta na sua visão tacanha. Raras exceções, são mais de duas mil instituições jogando na rua a cada ano um enorme contingente de analfabetos funcionais que pouco podem produzir ou mesmo oferecer inovações ao seu empregador. E ainda não descobriram, o que parece incrível, que a baixa produtividade do brasileiro está na sua má formação escolar de ‘educando a caduco’.
Com esse tipo de formação educacional, o País se vê subtraído de potencialidades inovadoras o que leva a sua produção tecnológica e mesmo todos os níveis profissionais, a encontrar enormes barreiras no seu desenvolvimento de forma a acompanhar a evolução de outras economias. É esta a razão de que nunca saímos do patamar de menos de 1% do bolo de exportação mundial e o nosso sistema empresarial e comercial não encontra outro meio a não ser importar para sobreviver. Vamos continuar a ter críticos resultados em nossa produção de tecnologia de ponta, de alto valor.
Na minha visão, na Educação do Brasil é preciso, antes de tudo, mudar a sua forma estrutural. Ela precisa recomeçar, ter um novo início. Recomeçar e ir, aos poucos, ocupando o lugar e espaço do sistema arcaico, falido. Um processo de reconstrução no sistema básico e superior na sua forma de transmitir conhecimentos. No sistema básico, que vai desde a mensagem ao aluno do que significa a educação e a escola na sua vida. No sistema superior o que se entende por universidade e formação profissional e suas implicações para a sua vida e da sociedade.
Mudança só será possível desde que o sistema educacional tenha sua independência administrativa e financeira e aconselhada, orientada, dirigida e vivida por profissionais da vida educacional, da área do ensino e do conhecimento científico. Tirar a Educação da esfera de ação da política e governantes será dar um grande passo a felicidade de muitas gerações. O que o PNE propõe, é coisa da ilha da fantasia. Os estudantes continuarão começando e terminando os cursos básicos e superiores ao som das ferraduras.

Rapphael Curvo é jornalista, advogado pela PUC-RIO e pós graduado pela Cândido Mendes.

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