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Tipo de Clipping: WEB 

Data: 04/01/2015

Veículo: Extra

PM economizaria R$ 35 milhões por ano se utilizasse GNV na frota
04/01/2015

Em fevereiro de 2014, a PM empenhou e pagou à Petrobras Distribuidora R$ 44 milhões pela compra de gasolina, álcool e óleo diesel para todas as suas viaturas usarem durante o ano passado. O gasto com combustível, entretanto, poderia ser 80% menor se toda a frota da corporação fosse equipada com kit gás: de acordo com levantamento feito pelo EXTRA com auxílio do engenheiro mecânico e professor da PUC-Rio Sergio Leal Braga, a PM gastaria anualmente R$ 9.070.281,32 com a compra de GNV. Atualmente, toda a frota da PM — composta por 2.320 carros e 325 motos — opera com gasolina, diesel ou álcool.
Para chegar ao resultado, Braga, que é especialista em combustíveis, usou, como parâmetro, uma média de 50km percorridos diariamente por cada viatura. A distância foi estimada por quatro comandantes de batalhões da Região Metropolitana. Na conta, foi usado como base o preço médio do GNV em postos do Rio, calculado em dezembro pela Agência Nacional do Petróleo (ANP): R$ 1,726.
— Além de ser mais barato, o GNV é um combustível que rende 10% a mais que a gasolina, por isso a economia é tão grande — avalia Braga.
A redução dos gastos ainda persistiria se, no levantamento, fosse contabilizado o custo de instalação do kit gás: segundo o especialista, o preço de mercado para o serviço é R$ 2.200 — o que resultaria num total de R$ 5,1 milhões a mais na conta.
Em 2008, quando a Secretaria estadual de Segurança (Seseg) assinou contrato com a empresa CS Brasil para o aluguel de 1.228 viaturas, todas elas eram equipadas com kit gás. Na época, a Seseg anunciou que os novos carros gerariam economia de R$ 1 milhão por mês. Foram gastos, ao todo, R$ 1,6 milhão para a instalação dos kits em 998 viaturas. De lá para cá, contudo, a PM decidiu pedir à empresa a retirada dos cilindros de todos os carros.
O contrato de aluguel das viaturas da PM está na mira do governador Luiz Fernando Pezão. Em sua cerimônia de posse, na última quinta-feira, ele anunciou cortes no orçamento de todas as secretarias e admitiu rever o acordo.
— Vamos reavaliar os contratos. Racionalizando esses custos, vou conseguir diminuir despesas — disse Pezão.
‘Tiros de fuzil são risco’
Há nove anos, quando estava na ativa e era diretor de Apoio Logístico da PM, o coronel Samuel Dionízio era um dos maiores apoiadores da instalação de kit gás em todos os carros da corporação. É dele o projeto que previa a renovação anual da frota com a economia resultante da redução de custo com combustível — abandonado pela PM após sua saída. Hoje, no entanto, Dionízio tem uma opinião diferente: segundo ele, os cilindros de GNV são um risco em áreas de UPP.
— Desde que eu saí, a polícia mudou muito. Com o surgimento das UPPs, os policiais ficam fixos nas favelas e mais expostos aos disparos de bandidos, que hoje têm munições mais potentes. Se atingidos por tiros de fuzil, os cilindros podem explodir, causando um risco para a vida do policial. Na minha época, a entrada nas favelas era pontual. A economia com o GNV é enorme, mas a preservação da vida do policial vem em primeiro lugar — afirma Dionízio.
Nas ruas, os policiais também não concordam com a conversão das viaturas.
— O problema do GNV é que atrapalha o trabalho policial. Às vezes, precisamos da potência do motor para perseguir algum bandido ou para atender alguma ocorrência urgente — afirmou um PM do 19º BPM (Copacabana).
Viaturas desligadas
Na última terça-feira, o EXTRA revelou que PMs de vários batalhões do Rio receberam, pelo sistema de rádio da corporação, ordem para desligar as viaturas para economizar combustível. “Segundo determinação do chefe do Estado Maior, coronel (Claudio) Lima Freire, todos os prefixos do batalhão deverão estar com as viaturas desligadas e com as sinaleiras também desligadas, correto?”, dizia a mensagem.
Justificativa
A PM alegou, em nota, que a falta de combustível foi gerada por “problemas operacionais na logística de distribuição” da fornecedora. A Petrobras Distribuidora, entretanto, contradisse a corporação: também por nota, a empresa informou que “não houve interrupção no fornecimento de combustíveis à PM”.
Explicação
Na última quinta-feira o EXTRA questionou a PM sobre o motivo para a retirada dos cilindros de GNV das viaturas. Em nota, a corporação se limitou a informar que “o combustível utilizado pela corporação é a gasolina”.


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