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Tipo de Clipping: WEB

Data: 01/03/2015

Veículo: Extra

Três instituições fazem história com o Rio
01/03/2015

RIO — Séculos se passaram, mas algumas instituições que remontam aos primeiros aniversários do Rio ainda funcionam e permanecem sendo referências para a cidade. Uma delas é fruto do trabalho que jesuítas desenvolveram no Brasil no século XVI. Marcos importantes do nosso passado podem ser encontrados no Colégio Santo Inácio, em Botafogo, que, ao lado da Pontifícia Universidade Católica (PUC), mantém a influência da Companhia de Jesus na educação de muitos cariocas. Nas instalações do Santo Inácio, estão preservadas peças de uma igreja que começou a ser construída no Morro do Castelo e nunca foi concluída. A chamada Igreja de Santo Inácio ficava a poucos metros do Real Colégio de Jesus do Rio de Janeiro, que, aberto em 1567, teve como primeiro reitor o padre Manoel da Nóbrega. Entre as raridades que resistiram à passagem dos séculos, estão três esculturas de madeira que remetem ao calvário de Jesus e o sino instalado no pátio central da unidade de ensino.

— No século XVI, o papel dos jesuítas era promover a catequese dos filhos dos índios e descendentes de portugueses. Essa missão levou à criação do colégio. A Companhia de Jesus foi bastante atuante até 1759, quando o marquês de Pombal decidiu expulsá-la. Os jesuítas só puderam retornar ao Brasil no século XIX — conta o padre Luiz Antonio Monerat, reitor do Santo Inácio.

Ao padre José de Anchieta é atribuída a fundação da Santa Casa da Misericórdia, em março de 1582, no local que era conhecido como Praia de Santa Luzia. O nome da praia batiza a rua do Centro onde até hoje está localizada a sede da instituição. A iniciativa teve como objetivo socorrer tripulantes de embarcações espanholas que, sob o comando do almirante Diogo Flores Valdez, foram acometidos de escorbuto quando seguiam para o Estreito de Magalhães. Ao longo dos séculos, a Santa Casa expandiu suas funções: entre outras iniciativas filantrópicas, passou a administrar cemitérios e fundou, em 1738, o Educandário Romão Duarte, no Flamengo, para acolher bebês abandonados.

Nos últimos anos, a entidade mergulhou numa crise financeira. O ex-provedor Daras Zarur (que morreu em 2014) foi acusado de praticar crimes como apropriação indébita e sonegação fiscal. O Ministério Público estadual o denunciou por construir jazigos clandestinos, que, segundo promotores, eram vendidos por preços acima dos de mercado. Devido ao escândalo, a prefeitura transferiu a concessão dos cemitérios municipais para outras instituições.
O juiz aposentado Francisco Horta é o atual provedor da Santa Casa e tenta recuperar a credibilidade da instituição. Para reerguê-la, mudou sua logomarca, que ganhou a inscrição “Nova Santa Casa”. A proposta é que, neste ano festivo do Rio, a entidade comece a dar a volta por cima.

— Nossa dívida está na casa dos R$ 200 milhões. Uma instituição que tem um patrimônio de 539 imóveis poderia superá-la já, com folga. Mas não podemos sair vendendo tudo para fazer dinheiro. Precisamos usar o que temos com inteligência — diz Horta, lembrando que a entidade continua prestando assistência médica. — Contamos com especialistas de renome internacional e um time de funcionários que comparece e trabalha diariamente, mesmo com seus salários atrasados em razão da crise atual. Fazemos uma média de cem atendimentos por dia, mesmo sem convênio com o SUS e as prerrogativas do título de filantropia.

Outra instituição que é uma referência histórica é a Câmara Municipal, fundada com a cidade em 1565. Naquele ano, seu quadro era formado apenas por um procurador e um juiz ordinário. Em 1567, houve a primeira eleição e sua primeira sede foi a Casa da Câmara de Cadeira, no Morro do Castelo (1567-1637). 

A Câmara teve vários endereços até chegar ao seu definitivo, o Palácio Pedro Ernesto. Um acordo com a prefeitura prevê sua transferência, em data ainda não acertada, para um terreno na Cidade Nova hoje ocupado pelo Comitê Organizador das Olimpíadas e pela Empresa Olímpica Municipal (EOM).
Um dos imóveis que o Legislativo municipal ocupou ficava no terreno onde hoje está o Palácio Tiradentes, sede da Assembleia Legislativa. 

— O entorno da Assembleia Legislativa virou uma espécie de símbolo da democracia. Quando Tiradentes seguia para a forca, no dia 21 de abril de 1792, houve uma grande mobilização popular. Muitos moradores subiram nos telhados das casas para acompanhar seu martírio — informa a arquiteta Renata de Faria, que, desde a década de 90, promove passeios pelo Rio Antigo e mantém um blog sobre o tema.


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