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Tipo de Clipping: WEB

Data: 03/11/2015

Veículo: UOL

PT usa eleição para plano de 'reconstrução'
03/11/2015

O ex-presidente Lula na reunião do Diretório Nacional do PT: ele criticou prefeitos que deixaram o partido Sem poder contar com financiamentos empresariais e em meio à maior crise de imagem de sua história, o PT decidiu adotar nas eleições municipais do ano que vem uma estratégia semelhante à que era usada nos anos 1980, nas origens do partido. A ideia é lançar o maior número possível de candidatos a prefeito, mesmo com poucas chances de vitória, para ocupar os espaços no debate político, principalmente no rádio e na TV, para fazer a defesa do partido.


Se nos anos 1980 as candidaturas foram usadas na estratégia de construção do PT e difusão de suas bandeiras, agora fazem parte do esforço de reconstrução da sigla, abalada por intermináveis denúncias de corrupção envolvendo seus principais líderes e pelas crises econômica e política que marcam o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.


Em documentos oficiais, o PT ainda fala em "manter a trajetória de crescimento", mas em conversas reservadas integrantes do partido admitem que, em função da crise, a legenda deve, pela primeira vez em sua história, sair de uma eleição municipal menor do que entrou, "As eleições não são um fim em si mesmo", diz a resolução eleitoral aprovada na última quinta-feira (29)  pelo Diretório Nacional do PT. O documento marca o início formal do debate eleitoral e define a estratégia para 2016.


"Vamos ter como centro do debate a defesa do PT. Isso vai nos levar a um número grande de candidaturas para que os espaços políticos sejam ocupados, principalmente onde há rádio e TV", disse o presidente do PT, Rui Falcão. Segundo ele, a ideia é lançar o "maior número possível" de candidatos desde que não atropelem alianças já consolidadas com partidos da base. O foco principal é a eleição geral de 2018. A estratégia vai no sentido contrário à adotada nos últimos pleitos, quando o PT adotou uma postura mais pragmática, privilegiando as cidades onde o partido tinha chances reais de vitória e, nas demais, fez coligações com aliados.


Antipetismo


Alguns pré-candidatos já reclamam da orientação. Muitos deles querem esconder o PT e Dilma e focar suas campanhas nas questões locais para se preservar do desgaste do governo e da rejeição ao partido. O antipetismo já é visto como um dos maiores entraves para os candidatos do partido em 2016. Por isso, vários prefeitos estão deixando a legenda para concorrer por outras siglas. Dos 632 prefeitos eleitos pelo PT em 2012, 69 saíram. Isso levou o próprio Lula a abordar o assunto na quinta-feira (29). "Quem quiser sair que saia. Este partido tem porta de entrada e porta de saída."


Outra semelhança da estratégia traçada para 2016 em relação aos primórdios do petismo é a falta de dinheiro. O partido aboliu as contribuições empresariais em suas campanhas. "Nada melhor do que usar o verbo e gastar muita sola de sapato", disse Falcão em comunicado à militância petista. Neste cenário, a reeleição de Fernando Haddad em São Paulo ganhou ainda mais importância. "Se ganharmos São Paulo ganhamos a eleição", disse o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em reunião do Conselho Político do PT, em setembro.


O prefeito enfrenta os piores índices de popularidade desde sua eleição e já consultou aliados sobre a possibilidade de deixar o partido - Haddad negou a informação em nota oficial. Segundo o presidente do PT paulistano, Paulo Fiorilo, a nova estratégia vai exigir esforço. "Aquela militância dos anos 80 ficou muito distante do PT", admitiu. "Mas por outro lado o PT, com seus 37 diretórios zonais, tem mais capilaridade para fazer o diálogo com a população, algo necessário em uma campanha com pouco dinheiro", completou. O PT também ainda não sabe o que fazer com Dilma. "Ainda não discutimos isso. Temos que saber se ainda vem algum recurso federal, com o que podemos contar", disse Fiorilo.


Mudanças


Com mais de 50 anos de experiência, o sociólogo Luiz Werneck Vianna, professor da PUC-Rio, atua principalmente nas áreas de judicialização da política, relações entre os Poderes e, mais recentemente, nas gestões do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


Em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo" durante o 39.º Encontro Anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs), em Caxambu (MG), Vianna avalia como "preocupante" o fato de Lula e dois filhos dele serem citados em investigações da Polícia Federal. Werneck Vianna diz que "já passou da hora de o PT fazer uma autocrítica". O professor acredita, no entanto, que o partido não deve acabar, mas "deve mudar". As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".


Ampliar


Veja 13 políticos que, assim como Marta, deixaram o PT14 fotos 1 / 14 Fundado em 1980, o PT perdeu quadros importantes na década de 90 e nos anos 2000, como a ex-senadora Marina Silva, a deputada federal Luiza Erundina, a ex-deputada Luciana Genro e o senador Cristovam Buarque. Na década atual, a senadora Marta Suplicy (SP) é a primeira grande perda do partido. A ex-prefeita de São Paulo enviou nesta terça-feira (28) seu pedido de desfiliação da legenda. Ela deve se filiar ao PSB e se candidatar à prefeitura da capital paulista em 2016.


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