Tipo de Clipping: WEB
Data: 07/06/2016
Veículo: O Dia Online
Texto será ainda votado em segunda discussão. Segundo a deputada Lucinha, alunos passam por constrangimentos "Em alguns casos, antes de iniciar as aulas, esses estudantes já passam por constrangimentos provocados por trotes que os deixam traumatizados. Se uma brecha é permitida, ela rapidamente vira abuso, por isso essa norma vem para acabar de vez com essa prática”, explicou a parlamentar. No entanto, o projeto dividiu a opinião dos alunos. Estudante de Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio), Olivia Nielebock, de 23 anos, afirmou que o trote representa mais do que um "ritual de entrada" e que é também o primeiro contato que os novos alunos têm com as outras pessoas do curso deles. "Isso é precioso demais. O trote é o início das amizades entre calouro e calouro, calouro e veterano. É uma importante porta de entrada para um pensamento mais crítico. Acho que tem que haver fiscalização rígida por parte dos alunos ou da instituição e ter um bom senso da comissão do trote para perceber se a brincadeira é machista, racista ou homifóbica", explicou a estudante. Aluno do curso de Sistemas da Informação da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Filipe Dornelas, de 23 anos, lembrou ainda da importância dos trotes solidários, onde os jovens arrecadam roupas e brinquedos para doar em orfanatos e instituições de caridade. "A proibição do trote pode ser um impedimento da realização de um trabalho útil socialmente", acrescentou. Já o estudante de Agronomia da Rural Lucas Manetti, de 22 anos, disse que alguns trotes podem deixar os alunos constrangidos. Segundo Lucas, na universidade onde estuda, as ações realizadas nos alojamentos do campus fazem os jovens passarem vergonha. "Quando entrei, tive que aceitar todos os trotes para conseguir ter um lugar para morar. As 'brincadeiras' vão desde raspar a cabeça e a sobrancelha até ser acordado com água na cara", explicou. |