Extra

Tipo de Clipping: WEB

Data: 11/09/2016

Veículo: Extra

Lição de história entre becos e construções da maior favela da Zona Sul do Rio, a Rocinha
11/09/2016

O passeio dura cerca de uma hora e meia. Começa na parte alta da favela, e os visitantes vão descendo pela Estrada da Gávea, das pioneiras corridas automobilísticas do passado carioca, faz uma pausa na Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem, erguida em 1937, depois entra no Largo do Boiadeiro, tradicional passagem de bois que deu nome ao local. Entre um trajeto e outro, uma paradinha para um papo rápido com um morador antigo ou a degustação de um prato da gastronomia local. Esse é o espírito do Circuito Rocinha Histórica, iniciado de forma experimental no ano passado e que será intensificado a partir do próximo dia 17, quando passará a ser mensal.

— Mais do que um simples passeio pela Rocinha, o que pretendemos é proporcionar ao visitante a oportunidade de conhecer um pouco da memória e da história da maior favela do Rio, suas construções e principais marcos, como as três jaqueiras da Estrada da Gávea, lembrança da presença dos ex-escravos, que cultivavam hortas e vendiam na Gávea e Leblon seus produtos “da roça”, dando origem ao nome da comunidade — explica Antônio Carlos Firmino, coordenador e articulador do Museu Sankofa, voltado para a preservação da memória histórica da comunidade e que não tem uma sede física.

A iniciativa ganhou fôlego a partir da realização, no mês passado, do Curso Patrimônio Cultural —Memória nas Favelas, promovido por equipes do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) e da Superintendência de Museus, da Secretaria estadual de Cultura. O projeto foi desenvolvido em duas partes. Inicialmente, o grupo de alunos percorreu roteiros na comunidade exercitando olhares sobre possíveis pontos considerados referências culturais de natureza material ou imaterial. A segunda etapa envolveu aulas presenciais na Biblioteca Parque da Rocinha.

— O objetivo é valorizar toda e qualquer manifestação cultural da comunidade. É mostrar que dentro dela há elementos importantes que merecem ser preservados — diz Sérgio Linhares, diretor do Departamento de Pesquisa e Documentação do Inepac, que, em novembro, levará a iniciativa a Manguinhos.

Visitas guiadas para estudantes
Com pequenas adaptações, três dos quatro roteiros do curso, todos sugeridos por Firmino, foram mantidos no Circuito Rocinha Histórica. O quarto trajeto, que foi suprimido, será substituído por outro. A primeira visitação agendada é com 60 alunos do 2º período do curso de Arquitetura da PUC-Rio e terá como tema “Arquitetura e Urbanização de Favela”.

— A gente trabalha com memória histórica e autoestima. Ajudamos a entender a razão dos nomes das localidades e caminhamos pelos becos, mostrando a arquitetura local e as técnicas de construção. Enfim, traçamos um roteiro que ajuda a compreender a Rocinha. Afinal, fazer um passeio pela comunidade, qualquer um pode fazer, mas sai daqui sem conhecer a história do lugar — diz o historiador Fernando Ermiro, acrescentando que o ano de 1982 foi o marco da substituição dos barracos de madeira pelas casas de alvenaria.

Os interessados devem agendar a visita pelo telefone 99099-7006 ou pelo e-mail rocinhahistorica@gmail.com. Não há número mínimo de participantes. Cada roteiro sai a R$ 40 por pessoa.


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