Catálogo de 31 anos de exposições do museu universitário está disponível para consulta no site da PUC-Rio. 

Muita gente que passa em frente ao Solar Grandjean de Montigny, no campus Gávea, não sabe que a mansão neoclássica funciona 24 horas por dia em outro local: no site da PUC- -Rio. Em 2012, os funcionários do Solar André Luis Gonçalves Pereira e Carlos Augusto Scalzo se juntaram à Rita de Cássia Vasconcellos de Mattos, que está no Solar há 27 anos, para digitalizar o acervo de documentos e obras do museu. 

O projeto, que está na primeira fase, oferece ao público todo o catálogo de exposições que ocorreram no espaço desde 1980. Outros documentos, como a correspondência entre o museu e os artistas expositores, resgatam a memória das mostras. Exposições de personalidades como Burle Marx, Guignard e Goeldi já estão disponíveis no endereço www. puc-rio.br/sobrepuc/depto/ solar. As atualizações do site também são divulgadas via Facebook e Twitter. 

O processo envolve a seleção do material a ser preservado, que é escaneado e inserido no banco de dados do site da PUC. A segunda fase do projeto deve colocar no site as obras do acervo do Solar, que incluem originais e gravuras doadas pelos artistas. 

Fechado desde 2011, o Solar não recebe visitas, eventos ou pesquisas. Uma reforma do telhado da casa, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1938, deixou o museu universitário sem previsão de reabertura. A diretora do museu, Piedade Epstein Grinberg, afi rma que as atividades de digitalização são importantes para a atual fase do Solar. 

– Na espera dessa restauração e de novas possibilidades que podem existir para o Solar, é como se nós estivéssemos consolidando esse período de 31 anos de exposições, no qual o Solar passou por diversas etapas, em que ele se tornou centro cultural da PUC, depois se tornou museu universitário, até o momento atual, em que estamos com a reestruturação. 

O Solar ainda está presente em outras instituições. Por meio de um convênio com a Biblioteca Nacional, obras em papel do arquiteto Grandjean de Montigny, que fazem parte do acervo do museu universitário, podem ser acessadas no site www.bndigital.bn.br. 

Além disso, o Solar mantém uma parceria com a Escola de Artes Visuais do Parque Lage, com a qual o museu compartilha os livros de arte e arquitetura para uso dos alunos da escola. 

– É um trabalho de formiguinha que estamos fazendo. Mantemos o Solar vivo com o nosso trabalho. Todo mundo é guardião disso aqui. E não paramos um minuto – afirma Piedade.