Extra online

Tipo de Clipping: WEB

Data: 29/07/2016

Veículo: Extra

20 anos digital: Seminário do GLOBO discute mudança de hábitos do consumidor
29/07/2016

RIO - Na era das redes sociais e de aplicativos cada vez mais populares, as mudanças de hábito dos consumidores e da forma como se consome e se entrega notícia foram alguns dos temas debatidos ontem no seminário “Evolução das mídias na era digital”, realizado pelo GLOBO para celebrar os 20 anos do site do jornal, no Senac Rio. A chamada revolução digital alterou a rotina de produtores de conteúdo e de quem acessa informação na rede, segundo especialistas, num processo que requer inovação constante. Neste novo cenário, cabe aos dois lados passarem por um aprendizado, ou alfabetização digital, como define Howard Rheingold, ex-professor da Universidade de Stanford (EUA) e considerado uma das mentes mais criativas do Vale do Silício — polo tecnológico em São Francisco.

— A forma como pesquisamos, transmitimos vídeos de nossos celulares e atualizamos nosso Facebook importa. A mim e às futuras gerações. Estamos ainda nos estágios iniciais disso, e o que nós fazemos hoje importa para o que faremos amanhã. Ainda estamos dando forma a esses meios — destacou Rheingold.

MOMENTO DE EVOLUÇÃO, DIZ FACEBOOK

Ele lista cinco elementos de “aprimoramento” que são determinantes para o êxito dessa transição a um modelo digital: atenção, amplamente desafiada com o bombardeio de informações; participação, elemento fundamental para a criação da internet; colaboração; consumo crítico, necessário para filtrar e encontrar informações confiáveis em meio à produção on-line e know-how, como forma de desenvolver ferramentas nesse universo.

Chico Amaral, editor executivo do jornal O GLOBO e mediador da palestra de Rheingold, afirma que a Redação e os departamentos da Infoglobo têm se esforçado para antecipar tendências do mundo digital e para se atualizarem o mais rapidamente possível:

— O GLOBO consegue estar muito atualizado no que é digital, e a promoção desse evento marca um pouco essa busca pela pauta da atualização, pois é para a comunidade debater exatamente o que virá a ser o futuro em todos os aspectos: a convivência com as redes sociais, a forma de se comunicar e monetizar os conteúdos. 

A revolução digital deu às redes sociais papel relevante na veiculação de notícias. No evento, Luis Olivalves, diretor de parcerias de Mídia do Facebook para América Latina, destacou novos serviços, como o Live (para transmissões ao vivo) e o 360 (que permite ao usuário, com o celular, arrastar uma foto panorâmica, por exemplo, e ver todos os detalhes da imagem inclinando o celular): 

— Estamos num momento de evolução, indo para a área do conteúdo imersivo. Nós nos preocupamos demais com os criadores de conteúdo, eles fazem parte da experiência do usuário, mas reagimos conforme o pedido das pessoas.

Segundo o executivo, as transmissões ao vivo começam a se consolidar. As métricas apontam que o número de comentários nos vídeos ao vivo é dez vezes maior que nos vídeos gravados.

Segundo Sérgio Salvador, diretor de Experiência do Usuário da agência Huge, a revolução digital mudou a forma como consumimos informação. Não é mais o leitor que vai atrás do conteúdo, é o conteúdo que deve alcançar o leitor. 

— A homepage morreu. Não basta “cuspir” links nas redes sociais, é preciso compreender como o Google classifica os seus resultados, o Facebook decide o que mostrar na linha do tempo e as imagens que geram mais curtidas no Instagram. É preciso compreender o contexto do usuário.

O surgimento dos tablets e smartphones deu ao leitor liberdade para consumir conteúdo de qualquer lugar, não necessariamente na frente do computador. Ele lê notícias, assiste a vídeos ou captura Pokémons enquanto almoça, espera na fila do banco ou vai ao trabalho.

Conhecer o usuário, ou melhor, usuários, é fundamental para uma estratégia de distribuição, afirma Edson Rufino, professor do Senac, Ufes e PUC-Rio. Cada pessoa tem seus gostos e individualidades. Cabe aos produtores captarem essas necessidades específicas.

O cientista de dados Ricardo Cappra destaca que informações aparentemente triviais podem auxiliar na produção de conteúdo direcionado:

— A sociedade é quase um sistema de código aberto. É possível saber o que as pessoas compram, do que gostam, para onde vão. Descobrir padrões e usar essa informação para produzir valor.

Do ponto de vista do jornalista, a revolução digital trouxe mudanças no modo de produção. O volume de dados gerados hoje, com o devido tratamento, permite aos profissionais de imprensa a produção de investigações antes impossíveis, além de facilitar as buscas e a apresentação do conteúdo aos leitores.

ALGORITMOS E ENGENHEIROS

A busca por novas tecnologias também avança em empresas dos mais variados setores. William Albuquerque, diretor da InBrands, que reúne grifes como Salinas e Ellus, diz que as empresas de moda têm de ser hoje companhias de software.

— Na moda, o mundo é o das redes sociais. Há muitos estímulos. A referência hoje é a diversidade. As pessoas buscam moda pela internet. O desafio é construir uma filosofia de operação para que o consumidor consiga interagir em qualquer uma das plataformas — disse Albuquerque.

Quem também vem olhando para a tecnologia como parte central de seu negócio é Tiê Lima, cofundador da Enjoei, empresa que vende produtos usados na internet. Em sua palestra, Tiê diz que, apesar de vender roupas, há uma grande contratação de engenheiros:

— Investimos ainda em análise de dados e na criação de algoritmos. Somos uma empresa de tecnologia, mas nosso objetivo é esconder a tecnologia para que o usuário tenha uma experiência única. A tecnologia tem que ser natural, e o cliente tem que fazer tudo apenas através de alguns cliques.

O seminário foi uma realização do GLOBO com apresentação do Senac, apoio de Embratel, RJZ Cyrela, Samsung, Gafisa, Copa Airlines, Cerveja Therezópolis e Domino’s Pizza, e parceria com Uview 360.


Mais sobre Extra online
Tipo de Clipping: WEB Data: 11/07/2019 Veículo: Extra

Tipo de Clipping: Web Data: 13/05/2019Veículo: Jornal Extra / Economia

Tipo de Clipping: WebData: 10/04/2019Veículo: Extra Online / Rio

Tipo de Clipping: WebData: 22/03/2019Veículo: Extra Online

Tipo de Clipping: Web Data: 12/03/2018 Veículo: Extra  

Tipo de Clipping: Web Data: 07/03/2018 Veículo: Extra Online

Tipo de Clipping: Web Data: 28/01/2018 Veículo: Extra Online

Tipo de Clipping: Web Data: 22/01/2018 Veículo: Extra online

Tipo de Clipping: Web Data: 22/01/2018 Veículo: Extra online

Telefones:
(21) 3527-1140 e (21) 99479-1447 | Ramais: 2252, 2245, 2270 e 2246
E-mail:
imprensa.comunicar@puc-rio.br