Tipo de Clipping: WEB
Data: 25/09/2016
Veículo: Extra
Esquecer o que ia dizer ou não se lembrar do nome de alguém são comuns num dia a dia cheio de tarefas. Porém, quando a memória começa a falhar insistentemente pode ser o cérebro sinalizando que precisa de mais atenção. Pensando nisso, equipes de psicólogos e neurologistas da UFRJ, em parceria com a PUC-Rio, estão estudando o impacto da “malhação” do cérebro na memória durante o processo de envelhecimento.
A psicóloga Yasmim de Oliveira explica que a pesquisa consiste, basicamente, na prática de exercícios mentais com o objetivo de fortalecer o cérebro.
— Praticamos, junto com idosos, atividades de atenção e memorização uma vez por dia durante uma hora. O objetivo é atingir, no fim, um total de 40 horas. Além disso, são feitas avaliações durante o processo para detectarmos se houve influência dos exercícios na memória — afirma Yasmim, acrescentando que os resultados têm sido positivos:
— Os relatos são de que os casos esquecimentos são cada vez menos frequentes. As avaliações têm mostrado que a capacidade de armazenar informações aumentou.
De acordo com o neurologista Rogério Panizzutti, quanto mais a pessoa exercita o cérebro mais conexões cerebrais vão se formando, estimulando, assim, o desenvolvimento dos neurônios.
— A capacidade do cérebro de processar as informações do ambiente vai diminuindo com o passar do tempo, e isso tem um impacto na memória. A prática de atividades mentais impõe desafios e estimula as funções cognitivas, fazendo com que esse quadro diminua — comenta.
Apesar de o estudo estar focado na terceira idade, os especialistas alertam que, quanto antes forem iniciadas atividades para exercício do cérebro, melhor.
Dicas
Alimentação: É importante seguir uma alimentação balanceada, com ingredientes saudáveis, e evitar fast-food.
Moderação: O álcool não é muito amigo do cérebro. Em excesso, pode causar lesões cerebrais.
Relaxe: O estresse mental, causado pelo acúmulo de funções, prejudica todo o organismo, inclusive o cérebro.