O primeiro ensaio trata a índole da sua ‘estranheza’: narrativa que se auto-narra o tempo todo, para além de um ‘tipo de verdade’ dos acontecimentos, ou qualquer tipo de busca da verdade, fazendo com que a questão sobre a verdade da literatura tenha que se justificar. Na sequência, ‘Sobre a política do talvez’ aborda a afinidade entre a literatura e o pensamento de Derrida: ambos são movidos por uma força de uma radical contradição. Como ele mesmo diz, “a estrutura paradoxal desta coisa chamada literatura é que o seu início é também o seu fim”.

Em ‘Diante da Lei’, a autora acompanha e comenta a original leitura que Derrida faz da parábola de Kafka, narrativa sem objeto ou saber, que retrata o próprio fazer literário, ou seja, uma apresentação literária do literário. Finalmente, em ‘Vivo do meu próprio crédito’, o texto discute, com base na leitura de Ecce Homo, de Nietzsche, a perspectiva radicalmente nova a partir da qual Derrida observa a escrita autobiográfica.

Nas entrelinhas do talvez: Derrida e a literatura

Autora: Elizabeth Muylaert Duque-Estrada

Formato: 14 x 21 cm

Páginas: 124

Editora PUC/Via Verita

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