GOIÂNIA (GO), 27 de março de 2009 - Coordenadora do Programa Nacional de Controle do Tabagismo do Ministério da Saúde, Tânia Cavalcante, classificou como um "desserviço para a saúde pública" a liminar da Justiça Federal do Rio de Janeiro suspendendo a circulação do terceiro grupo de imagens de advertência nos maços de cigarros, prevista para começar
"Não se pode deixar um esforço enorme de saúde publica ser derrubado com argumentações beirando o ridículo", disse Tânia. "A indústria do tabaco é altamente perita em usar metáforas para fazer propagandas enganosas, lindas e maravilhosas para um produto que mata metade dos seus consumidores." Segundo ela, as novas imagens são uma "contrapropaganda", já que o cigarro é propagandeado das formas mais enganosas possíveis, com sabores, cores e associações positivas.
As novas imagens, entre elas a de um feto abortado e um tórax aberto, foram escolhidas depois de dois anos de estudos por um grupo multidisciplinar coordenado pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) e formado por pesquisadores do Laboratório de Neurofisiologia do Comportamento da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), de marketing e propaganda da Universidade Federal Fluminense (UFF) e de desenho industrial da Pontifícia Universidade Católica (PUC). (Diário da Manhã)