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Data: Segunda-feira, 23 de março de 2009
Hora: 11h50
Seção: Economia e Negócios
Autor: Vera Saavedra Durão
Fonte: Valor Online
Fotos: ____
Arcelor muda comando em meio à queda de produção
23/03/2009

Os efeitos da crise econômica global podem levar o grupo ArcelorMittal a reduzir sua estrutura de gestão no Brasil para cortar custos, avaliam fontes próximas da multinacional. Mudanças no comando da subsidiária brasileira foram anunciadas na sexta-feira (20/03), com a saída de José Armando de Figueiredo Campos do cargo de presidente da holding ArcelorMittal Brasil e de presidente-executivo da divisão de planos da Aços Planos América do Sul. Benjamin Mário Baptista Filho, vice-presidente comercial da área de planos, foi escolhido para ocupar o cargo de Figueiredo na gestão da divisão de planos acumulando a gestão da ArcelorMittal Tubarão e da Vega do Sul com a da área comercial. Mas, não foi divulgado o nome de seu substituto na holding.

A maior siderúrgica do mundo vive hoje momentos difíceis por conta da retração da demanda por aço devido a recessão mundial e a falta de crédito, além de estar com uma dívida próxima dos US$ 30 bilhões. Baptista Filho assume a direção da divisão de planos numa conjuntura em que a ArcelorMittal Tubarão fez cortes de 35% na sua produção e decidiu fechar seu alto-forno 2 em dezembro, previsto para ser reformado em 2010. O executivo, que tem 17 anos de casa, assume o cargo a partir de 1º de abril disposto a enfrentar " o desafio que o momento exige " .

Engenheiro metalúrgico formado pela PUC-RJ, disse ao Valor que no primeiro bimestre a área de planos operou com 63% da produção média do ano passado. " Em termos de produção estamos fabricando o que podemos vender, o equivalente a 60% da nossa capacidade, mas confiamos que temos mercado para continuar neste nível de produção pelos próximos meses " . Baptista Filho acredita que o mercado de aço deve entrar em recuperação a partir do segundo semestre. " Mesmo o mercado doméstico, que contraiu 50%, deve melhorar " , diz.

Ele e Figueiredo atribuem a "boatos" as notícias de que a ArcelorMittal estaria colocando à venda seus ativos no Brasil. Para ambos, a prova mais forte de que o grupo não pretende se desfazer de suas operações no país é que continua investindo em sua expansão no e até agora manteve o quadro de 4,9 mil funcionários.

Baptista Filho informou que a multinacional tem mantido sua estratégia de ampliar a área de planos, tanto que manteve o projeto de duplicação da capacidade de produção de tiras a quente da ex-CST de 2 milhões para 4 milhões de toneladas a partir de fim de abril deste ano, um investimento de US$ 124 milhões. Também está construindo uma unidade de galvanizado focada em construção civil e eletrodomésticos com previsão de começar a operar em maio de 2010 com uma capacidade de 350 mil toneladas, que vai custas US$ 128 milhões. "Vamos produzir galvalume e entrar firme na concorrência com a CSN, que hoje domina este mercado."

O novo presidente da divisão de planos da Arcelor Mittal adiantou que já está correndo atrás de demanda pelas tiras à quente a partir do segundo semestre. "A estratégia é ampliar a exportação de bobinas a quente para o mercado asiático acima de 60 milhões de toneladas anuais, apesar deste volume ter se reduzido pela metade com a crise. "Ele projetou para 2009 uma produção de 5,5 milhões de toneladas de aço da ArcelorMittal Tubarão, ante 7 milhões de toneladas no ano passado. Depois de passar o cargo para Baptista Filho, Figueiredo vai permanecer no conselho da ArcelorMittal Brasil, mas não terá mais funções operacionais no grupo, onde vai manter função de consultor. "Espero que Baptista queira ainda trabalhar comigo", brincou.


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