Auditório da Reitoria sediou apresentação do último volume da primeira fase do projeto Diálogos sobre Justiça, captaneado pelo Ministério da Justiça.

A Universidade de Brasília sediou o lançamento do Estudo sobre Advocacia Popular, produzido pela Secretaria de Reforma do Judiciário (SRJ), do Ministério da Justiça. O evento aconteceu no Auditório da Reitoria, na manhã desta quarta (7), e contou com a participação de José Dias Toffolli, ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente eleito do Tribunal Superior Eleitoral, com posse marcada para o dia 13 de maio.

Para debater os resultados da pesquisa foram convidados o professor José Geraldo de Sousa Junior, ex-reitor da UnB, e Mariana Trotta, professora da PUC-Rio e professora adjunta da Faculdade Nacional de Direito (FND/UFRJ). A mesa foi presidida por Flávio Crocce, secretário da SRJ.

A pesquisa sobre Advocacia Popular encerra a primeira fase de seis estudos da série Diálogos sobre Justiça. O objetivo do trabalho é ampliar a compreensão da sociedade sobre o sistema judiciário brasileiro, ao mesmo tempo em que discute as melhorias do acesso ao Judiciário como garantia de consolidação da cidadania. “O acesso à Justiça é um outro nome para Direitos Humanos”, destacou o professor José Geraldo, ao abrir o debate.

O ministro Dias Toffolli, que teve seu início de carreira marcado pela ação junto às questões sociais, advoga que é necessário que se tenha um outro olhar sobre a cidadania e sobre o pobre, mudando a perspectiva da tutela para a do empoderamento. “Precisamos mudar a cultura jurídica em nosso país”, defendeu Toffolli. “O formalismo com o qual a Justiça sempre operou, faz com que a justiça real, concreta, seja jogado para debaixo do tapete”.

A próxima série de pesquisas dos Estudos sobre Advocacia Popular examinará quatro temas: homicídio de mulheres, tempo de tramitação de processos de homicídio, práticas de mediação e as graves violações dos Direitos Humanos. Segundo o secretário Crocce, esses trabalhos estarão concluídos até novembro deste ano