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Data: 05/12/2015

Veículo: Extra

Trabalhadores estão mais instruídos, mas qualificação ainda é baixa, afirma economista
05/12/2015

RIO — O grau de instrução dos trabalhadores brasileiros avançou fortemente entre 2004 e 2014, mas há quem ainda veja um perfil de mercado de trabalho com pouca qualificação. A parcela daqueles sem instrução ou com ensino fundamental incompleto no total da população ocupada caiu de quase metade da população (48,2%) em 2004 para um terço (32,9%) em 2014. Enquanto isso, o grupo com ensino médio completo subiu de 26,3% em 2004 para 35,9% em 2014. 

— O nível educacional da população economicamente ativa está aumentando, mas ainda é muito atrasado. É impressionante que países com renda per capita semelhante à nossa tenham um perfil muito mais qualificado. Na Coreia do Sul, por exemplo, mais da metade da população tem ensino superior completo — afirma o professor da PUC-Rio e economista-chefe da Opus Gestão de Recursos, José Marcio Camargo.
8,3% COM ENSINO SUPERIOR

No Brasil, a parcela dos que têm pelo menos o ensino superior completo avançou de 8,3% em 2004 para 14,3% em 2014. Já a fatia daqueles com ensino fundamental completo se manteve estável, passando de 16,5% para 16,6%, respectivamente.

Na avaliação de Camargo, esse perfil do mercado de trabalho compromete o crescimento da economia e a capacidade de reduzir desigualdades. E a situação se torna ainda mais grave, segundo ele, quando se discute não apenas o acesso à educação, mas sua qualidade.

Técnica do IBGE, Cristiane Soares destaca que o avanço da escolaridade dos trabalhadores ocorreu de forma diferente de acordo com a atividade econômica:

— O mercado de trabalho passou a ter perfil de profissional mais qualificado, mas há uma distribuição diferente de acordo com o setor da economia. A agricultura tem a maior participação de trabalhadores sem instrução ou com fundamental incompleto, enquanto educação, saúde e serviços sociais é o único grupo em que a predominância é daqueles com ensino superior completo. 

Ela explica que a mudança no perfil dos trabalhadores se deve à maior escolaridade da população, mas também às maiores exigências do mercado de trabalho e das novas tecnologias. 

Isso ocorre até mesmo no setor agrícola, em que o grupo de quem não tinha instrução caiu de 86,3% em 2004 para 74,2% em 2014. Na indústria, a parcela de quem tem ensino médio completo subiu de 32,2% para 43,6%, respectivamente.


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