Extra online

Tipo de Clipping: WEB

Data: 05/01/2016

Veículo: Extra

Homem a cavalo sobrevive a carga elétrica de 13,8 mil volts graças a sela; cabo estava caído na rua
05/01/2016

O arquiteto carioca Flavio Santoro, de 58 anos, viu os primeiros dias do ano, que deveriam ser de descanso na companhia do cavalo de estimação, um premiado Mangalarga marchador, se tornarem um verdadeiro pesadelo. Neste sábado, a dupla passeava por uma rua de Secretário, distrito de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, quando o animal pisou num cabo de média tensão, de 13,8 mil volts, que caíra no chão no dia anterior, não resistiu e morreu. Por sorte, Gaúcho estava equipado com uma sela com material isolante, o que evitou uma corrente elétrica fatal. Segundo relatos de vizinhos, moradores fizeram diversos alertas à Ampla sobre a fiação, mas a companhia elétrica só esteve no local após o acidente.

— Eu não vi o fio que, apesar da voltagem, era bem fino. Só percebi que tinha algo errado quando Gaúcho começou a escorregar. Por fim, acabei caindo num matagal do lado da estrada, enquanto ele ficou sobre o fio, preso. Levou alguns segundos até morrer. Foi horrível. Acho que dificilmente vou me esquecer disso — conta o arquiteto, socorrido por vizinhos que, em seguida, entraram em contato com a Ampla para informar sobre o acidente.

— Foi um susto muito grande. O técnico da empresa, que esteve lá depois do acidente, me disse que nasci de novo, porque o fio tinha mais de 12 mil volts. Não sei quando vou voltar a montar e nem tenho certeza de que quero ter um cavalo de novo. Gaúcho tinha 12 anos e era um grande companheiro, mas podia ter sido pior, como uma criança ou uma família — revela o arquiteto, que pretende processar a empresa por danos morais e materiais, já que o cavalo custava entre R$ 15 e R$ 20 mil, e era dono de prêmios em provas de marcha e tambor.

Professor explica 'sorte'

Segundo o professor do Departamento de Engenharia Elétrica da PUC-Rio, Reinaldo Castro Souza, a voltagem de média tensão — de 13,8 mil volts—, normalmente encontrada em cabos suspensos, nas chamadas linhas aéreas, é muito superior à corrente que um homem, ou mesmo um animal de grande porte, pode suportar.

— Quando tocamos uma tomada de 220v, trememos; em contato com 440v, temos taquicardia e já estamos em alto risco, e o índice de sobrevivência se torna raríssimo. A corrente só não passou pelo corpo do cavaleiro porque havia um isolante para protegê-lo o que, no caso, foi a sela, muito provavelmente feita com algum revestimento especial — explica ele, que ressalta a sorte do cavaleiro: — Ele provavelmente estaria morto se não fosse pela sela.

O professor também diz que linhas subterrâneas, mais comuns em áreas centrais de grandes cidades, são muito mais seguras para a população e que, por terem custo mais alto, acabam sendo opções para bairros em subúrbios e em cidades do interior.

Por telefone, a assessoria de imprensa da Ampla confirmou o rompimento do cabo, o que teria acontecido depois que um galho caiu sobre a rede elétrica, causando o acidente. Segundo a empresa, o problema já foi corrigido.


Mais sobre Extra online
Tipo de Clipping: WEB Data: 11/07/2019 Veículo: Extra

Tipo de Clipping: Web Data: 13/05/2019Veículo: Jornal Extra / Economia

Tipo de Clipping: WebData: 10/04/2019Veículo: Extra Online / Rio

Tipo de Clipping: WebData: 22/03/2019Veículo: Extra Online

Tipo de Clipping: Web Data: 12/03/2018 Veículo: Extra  

Tipo de Clipping: Web Data: 07/03/2018 Veículo: Extra Online

Tipo de Clipping: Web Data: 28/01/2018 Veículo: Extra Online

Tipo de Clipping: Web Data: 22/01/2018 Veículo: Extra online

Tipo de Clipping: Web Data: 22/01/2018 Veículo: Extra online

Telefones:
(21) 3527-1140 e (21) 99479-1447 | Ramais: 2252, 2245, 2270 e 2246
E-mail:
imprensa.comunicar@puc-rio.br