Tipo de Clipping: WEB
Data: 14/02/2016
Veículo: Extra
Desempregado há um ano e dois meses, Wesley Raimundo Apicelo, de 34 anos, trocou a operação de máquinas pesadas pelos movimentos suaves de pintura. Ele foi dispensado do emprego quando a construção do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj), em Itaboraí, entrou em colapso por falta de investimentos, após denúncias de corrupção na Petrobras. O sonho do eldorado do petróleo virou um pesadelo, até que ele começou a trabalhar por conta própria, pintando imóveis. — Não dá para ficar parado, ainda mais com um filho pequeno em casa. Não deixei de buscar um emprego formal, com carteira assinada, mas já havia trabalhado antes nessa atividade e não vou desperdiçar esse conhecimento num momento de crise — disse. Segundo um levantamento feito pelo Instituto Data Popular, em dois anos, a proporção de trabalhadores que passaram a fazer bicos subiu de 41%, em dezembro de 2013, para 69%, em dezembro e 2015. Na plataforma Bicos Online, são 28 mil cadastros de profissionais (82% dos clientes). Os outros 18% são contratantes. Por isso, o EXTRA ouviu especialistas para dar dez dicas de melhor aproveitamento dos trabalhadores que sobrevivem por conta própria. — No início de 2015, a proporção era de 60% (para quem procura trabalho) contra 40%. É uma mudança de perfil impulsionada pela crise e pelo aumento do desemprego — disse Marcos Botelho, sócio do Bicos Online. O trabalho temporário pode ainda ser o trampolim para um emprego formal: — Muitas vagas são preenchidas sem anúncio, por indicação. Por isso, mostrar as habilidades é importante — disse Renata Machado, coordenadora do Centro de Carreira da Escola de Negócios da PUC-Rio. |