Tipo de Clipping: WEB
Data: 12/05/2016
Veículo: Maxpress
Fazer pensar. Esta é a proposta do projeto Encontros com Nietzsche que, nesta quarta-feira (11/5), trouxe à reflexão o tema Coletividade versus indivíduo, conduzido pela professora Mirian Monteiro Kussumi, mestre e doutoranda em Filosofia pela PUC-Rio. O encontro reuniu servidores do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) e público externo, com profissionais de diversas áreas, na Biblioteca Sergio Cavalieri, no edifício sede do Tribunal, no Centro do Rio, e contou com a participação do doutor em filosofia pela UFRJ Pablo Azevedo.
Explicando termos utilizados pelo filósofo alemão como ‘a moral de rebanho’, a professora foi apresentando os dualismos criados pela coletividade dentro de um conceito de civilização, onde o que se procura é a segurança e não a realização das necessidades do indivíduo. “Para fazermos parte da civilização é preciso abrir mão dos desejos, dos impulsos, mas, embora reprimidos, eles não deixam de existir, como destaca Nietzsche em sua obra”, ressaltou a professora Mirian Kussumi ao falar sobre a possibilidade de resistência por uma força maior, da ‘afirmação da vida’ em contraponto à ‘moral de rebanho’, outros importantes conceitos do pensador. Temas como ressentimento, dualismo, juízo de valor, autonomia da vontade, eterno retorno, entre outros, foram abordados durante o encontro promovido pelo Momento Cultural do TCE-RJ, que tem a curadoria de Monica Chateaubriand.
Mirian Kussumi enfatizou que a coletividade sempre pressupõe a imposição de uma moral normativa, mas lembrou que Nietzsche propõe o contrário disso: uma ética mais voltada para o indivíduo. “O que estou tentando é trabalhar certos dualismos, o bom versus o mal, indivíduo versus coletividade, saber erudito versus artes, justamente para colocar em questão como esses pares são problematizados e criticados dentro da filosofia do Nietzsche”, explicou a doutoranda.
De acordo com Monica Chateaubriand, a proposta da Roda Filosófica, criada há cinco anos e que vem ganhando um público cada vez mais expressivo em seus encontros, é propiciar reflexão sobre valores. “Nossa proposta com esse trabalho é potencializar as singularidades dos funcionários do Tribunal dentro dessa linha de ética. É aumentar o conhecimento das pessoas, colocar os funcionários em contato com esses pensadores de filosofia. Pensar é um exercício”, concluiu a curadora.
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