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Tipo de Clipping: EB

Data: 08/06/2016

Veículo: Maxpress

Resultado de residências artísticas, Lastro em Campo - percursos ancestrais e cotidianos propõe encontros com artistas
08/06/2016

Aberta ao público até 30 de julho, a exposição Lastro em Campo – percursos ancestrais e cotidianos apresenta programação de encontros com artistas e pesquisadores para compartilhar com o público um pouco da experiência de participar de residências artísticas no México e Guatemala, que resultaram nas obras expostas.

Realizados aos sábados, os encontros são gratuitos - sem necessidade de inscrição antecipada – e têm como objetivo discutir a vivência do grupo durante a residência artística do Lastro e apresentar os desdobramentos de temas específicos das pesquisas de cada artista, sempre com a mediação da curadora Beatriz Lemos.

Dois dos encontros serão sobre o período em que estiveram na Guatemala. No dia 11 de junho, com o tema Mitos e tempos: da ancestralidade ao hoje, a mesa reunirá o guatemalteco Edgar Calel e os brasileiros Luísa Nóbrega, Lucas Parente e Maíra das Neves. Enquanto no dia 25, será a vez de Mariana Guimarães e Daniel Albuquerque participarem da mesa Entre o fio e a paisagem: considerações sobre o labor cotidiano. Ambas as datas contarão também com a presença da pesquisadora Catarina Duncan.

Em julho, os encontros falarão sobre as residências no México, começando com Maya Dikstein e Van Holanda, no dia 9, e o tema Cosmos e terremotos no gênero, com a presença de Olivia Ardui. Já no dia 23, serão dois encontros, o primeiro sobre A linguagem como estratégia de resistência, com Thaís de Medeiros e Luísa Nobrega e o segundo com Lucas Parente e Jonas Aisengart, sobre o tema Simbologias do sagrado em narrativas de rotina. Ambos com a presença de Leonardo Araujo.

Esses encontros fazem parte da programação paralela de Lastro em Campo - percursos ancestrais e cotidianos, que conta também com cursos e workshops.


Sobre os artistas e pesquisadores:
Beatriz Lemos é idealizadora da rede Lastro - Intercâmbios Livres em Arte e curadora da exposição Lastro em campo - percursos ancestrais e cotidianos.

Catarina Duncan é graduada em história da arte e filosofia pela Goldsmiths College, University of London. É assistente do curador Jochen Volz, com quem trabalhou na exposição ‘Terra Comunal Marina Abramovic’. Foi assistente curatorial do ‘Pivô Arte e Pesquisa’, espaço cultural sem fins lucrativos no centro de São Paulo.

Daniel Albuquerque é graduado em Design de Moda e pós-graduado em Arte e Filosofia na PUC-Rio. São interesses do artista técnicas têxteis como o bordado e o tricô, revelando a condição que o corpo se submete em atividades de repetição. Também pesquisa múltiplos materiais em função das suas reflexões sobre a presença e das possibilidades poéticas. 

Edgar Calel é artista visual Maia; seu trabalho é uma pesquisa permanente da tradução da visão do povo Maia Kaqchikel no contexto contemporâneo. Seus temas tratam principalmente das práticas indígenas de sua comunidade, a espiritualidade Maia, os rituais, a memória, a identidade, a migração, entre outros.

Jonas Aisengart é artista visual formado em pintura pela UFRJ e pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Sua produção investiga possibilidades de narrativas visuais. Conta em sua trajetória com três exposições individuais além de diversas mostras coletivas. 

Leonardo Araujo, escritor e crítico de arte, cursou Filosofia pela Universidade Federal de São Paulo e formou-se em Artes Visuais pelo Centro Universitário Belas Artes. Iniciou o Grupo de Estudos Práticos em Linguagem Experimental e desenvolve o projeto Gravidade [Espécies de Espaços] na Cratera de Colônia.

Lucas Parente é videasta e escritor. Com mestrado em cinema e filosofia (Paris 8), escreve textos de ficção e antropologia visual, além de realizar trabalhos em vídeo que cruzam diversos gêneros e formatos, da videoinstalação ao cinema fantástico.

Luísa Nóbrega é artista; seu trabalho se desenrola na zona fronteiriça entre a literatura e as artes visuais. Bacharel em Filosofia pela Universidade de São Paulo. Seu trabalho dialoga corpo e linguagem, biologia e cultura, voz e identidade.

Maíra das Neves é artista e mestranda em Literatura, Cultura e Contemporaneidade - PUC-Rio. É licenciada em Educação Artística pela FAAP. Fez residências artísticas nacionais (Bolsa Pampulha – BH, CAPACETE – RJ) e internacionais (ZK/U – Berlim, Lastro – Guatemala), além de diversas exposições individuais e coletivas.

Mariana Guimarães é artista educadora e pesquisadora da bordadura contemporânea. Mestre em artes e design pela PUC-Rio, com licenciatura em artes plásticas pela EBA/ UFRJ, é atualmente docente do setor de artes visuais do CAP/UFRJ. Desenvolve inúmeras pesquisas sobre a bordadura e seu diálogo com as práticas ancestrais de tessitura e seus inúmeros desdobramentos estéticos, éticos, sociais, políticos, digitais e manuais. 

Maya Dikstein é artista e pesquisa atritos entre ação e verbo. Participou de exposições em espaços como casamata, Parque Lage, Phosphorus, Galeria Ibeu, Fundazione Antonio Ratti, Studio X. Desde 2012, reside entre residências artísticas, de onde desdobram parte de suas pesquisas. 

Olivia Ardui é curadora e pesquisadora, graduada e pós-graduada em História da Arte Moderna e Contemporânea pela Universidade Católica de Louvain. Trabalhou como assistente curatorial para a 12a Bienal Internacional de Cuenca. Desde 2013, é membro do Núcleo de Pesquisa e Curadoria do Instituto Tomie Ohtake. 

Thais Medeiros é artista, tradutora e editora das publicações de arte contemporânea Rébus e da Elástica. Formada em Ciências Sociais com especialização em Antropologia Visual (PUC-Rio/Universidade Nova de Lisboa), e mestrado em Poéticas Interdisciplinares na Escola de Belas Artes (UFRJ). 

Van Holanda é fotógrafa e pesquisadora de sexualidade e gênero. O Corpo tomado como objeto e exercício de estudo, podendo ser transmutado ou sofrer de acordo com o processo de ofertas artísticas que aparecem para ele. Sendo um corpo com o qual não é possível identificar-se, tenta transformá-lo assim se passou a dar conta que o habita. 

Serviço:
Encontros – Lastro em Campo
Sábados. Grátis. 16 anos.
1. 11/06, 14h às 16h - Mitos e tempos: da ancestralidade ao hoje
Com Edgar Calel, Luísa Nóbrega, Lucas Parente, Maíra das Neves, Catarina Duncan e Beatriz Lemos.
Sala Delta, 7º andar. 
2. 25/06, 14h às 16h - Entre o fio e a paisagem: considerações sobre o labor cotidiano
Com Mariana Guimarães, Daniel Albuquerque, Catarina Duncan e Beatriz Lemos.
Sala Delta, 7º andar. 
3. 09/07, 14h às 16h - Cosmos e terremotos no gênero
Com Maya Dikstein, Van Holanda, Olivia Ardui e Beatriz Lemos.
Sala Ômega, 8º andar.
4. 23/07, 14h às 16h - A linguagem como estratégia de resistência
Com Thaís de Medeiros, Luísa Nobrega, Leonardo Araujo e Beatriz Lemos.
Sala Ômega, 8º andar.
5. 23/07. Sábado, das 16h30 às 18h30 - Simbologias do sagrado em narrativas de rotina
Com Lucas Parente e Jonas Aisengart, com mediação de Leo Araujo, Olívia Ardui e Beatriz Lemos.
Área de Convivência - térreo


Sobre a exposição:

Lastro em Campo – percursos ancestrais e cotidianos

Cidades da Guatemala, México e Panamá inspiram exposição no Sesc Consolação
- Grátis -

De 10 de maio a 30 de julho, o Sesc Consolação recebe Lastro em Campo – percursos ancestrais e cotidianos. Com curadoria de Beatriz Lemos a exposição reúne instalações, performances, vídeos e objetos de onze artistas brasileiros e um guatemalteco, criados a partir de residências artísticas realizadas no México, Guatemala e Panamá.


Os artistas - e os pesquisadores Leonardo Araújo (crítico de arte), Maria Catarina Duncan e Olivia Ardui (curadoras) - foram convidados por Beatriz Lemos, da Rede Lastro, a realizar projetos em países específicos, segundo os interesses de trabalho e pesquisa de cada um. Pedro Victor Brandão realizou um projeto na Cidade do Panamá. Na Guatemala o grupo foi composto pelo guatemalteco Edgar Calel e os brasileiros Maria Catarina Duncan, Daniel Albuquerque, Maíra das Neves, Mariana Guimarães, além de Danilo Volpato, Lucas Parente e Luísa Nóbrega, que também estiveram no México com Olívia Ardui, Leonardo Araújo, Jonas Aisengart, Maya Dikstein, Thaís Medeiros e Van Holanda.


As viagens, realizadas de fevereiro a julho de 2015, marcaram as comemorações de 10 anos do Lastro - Intercâmbios Livres em Arte - um projeto colaborativo, que se configura em uma rede internacional entre cenas de arte na América Latina. Por meio de uma plataforma web no endereço www.lastroarte.com, disponibiliza-se um banco de dados latino-americano de artistas, pesquisadores, teóricos e espaços de arte.


Foram cinco meses de coleta de material e encontros com artistas e curadores locais, proporcionando parcerias entre agentes de formações culturais heterogêneas e trocas com a cena local, que resultaram na exposição Lastro em Campo – percursos ancestrais e cotidianos.


Com 25 obras, individuais e coletivas, a exposição também apresenta arquivos documentais com processos e anotações em viagem e uma biblioteca com títulos bibliográficos de cada projeto, permitindo que o público entre em contato com materiais brutos, textos e mapas que surgiram de experiências cotidianas e de convívio durante o trajeto. “Trata-se do desdobramento de vivências e pesquisas realizadas em viagem. Com obras que versam entre a história ancestral e o cotidiano das cidades, a exposição visa trazer ao público o ambiente de estudo e convivência diária entre os residentes como importante propulsor de diálogos e conexões entre os projetos de pesquisas”, afirma Beatriz Lemos.


Complementando Lastro em Campo, uma programação paralela com um ciclo de cursos e workshops, agrupamentos de livros e encontros temáticos, apresentando um pouco da atmosfera cultural de cada país visitado e aproximando o público do cotidiano vivido pelo grupo em viagem.


Trechos dos relatos de artistas e pesquisadores:


“...A Guatemala permitiu que o experimentar-se fosse exercício de plenitude, que errar fosse compreendido como verbo. Aceitando os passos, permitindo a escuta de tempos, a troca de linguagens e as projeções de movimentos. Lá, numa tarde outra, o céu se partiu em dois, metade cor de rosa e metade azul, no dia em que a dualidade regia o céu no calendário Maya esse fenômeno surgiu. Confirmando para mim que somos sempre dois lados, múltiplas histórias, caminhos possíveis e todos os outros dentro de nós. Intransponível experiência, com palavras nos resta apenas a ficção. Sem palavras.”
Maria Catarina Duncan

“...A vontade de produzir algo foi crescendo e com isso alguns indícios do que fazer. Em conversa com Lucas, num café, surgiram as primeiras pistas. Mas foi na primeira igreja da rota Dominicana, no interior do estado de Oaxaca, que a ideia começou a ser posta para os demais. Aos poucos todos trouxeram seus complementos tornando a ceia mais farta e fraternal...”
Jonas Aisengart

“desci do ônibus para tula e pisava em barro. era o mesmo barro que sustentava todas as caretas, esqueletos, brincos e relógios esculpidos da forma mais barata possível. era uma passarela que gritava por tudo. nem era por atenção. eles gritavam por mais. eles gritavam porque todo mundo gritava então tinham que gritar para serem escutados mesmo. não tinha outra forma de avisarem que a pimenta não queimava mais a boca, nem qualquer parte do corpo deles. nem o sol queimava mais...”
Van Holanda 

“Aqui o ar é denso, o chão é torto. Equilibra-se como a justiça numa carta de tarô. Finíssimas pontas de aguilhoadas sobre círculos prestes a moverem-se em qualquer instante. Aqui pisamos sobre fendas, onde chocam-se as pedras, fissuras profundas que nos levam ao centro, uma passagem secreta ao interior, ao magma, ao fogo uterino, àquilo que cria e destrói. Há indícios de tremores e erupções por todas as partes. Estar aqui é estar à beira. Uma contenção do incontrolável...”
Maya Dikstein 


Ficha Técnica
Curadoria: Beatriz Lemos
Artistas: Daniel Albuquerque, Danilo Volpato,Edgar Calel, Jonas Aisengart, Lucas Parente, Luísa Nobrega, Maíra das Neves, Mariana Guimarães, Maya Dikstein, Pedro Victor Brandão, Thais Medeiros e Van Holanda.
Pesquisadores: Leonardo Araújo, Maria Catarina Duncan e Olivia Ardui.

Serviço
LASTRO EM CAMPO

Abertura: Dia 10 de maio, terça-feira, das 20h às 22h 
Visitação: De 11 de maio a 30 de julho. 
Segunda a sexta, das 11h30 às 21h30. Sábados e feriados, das 10h às 18h30 
Livre
Grátis
Térreo – Sesc Consolação
Rua Dr. Vila Nova, 245
Tel: 3234-3000


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