Extra

Tipo de Clipping: WEB

Data: 22/01/2017

Veículo: Extra

Alice Wegmann afirma que autora de A lei do amor não lhe revelou o mistério de Isabela e Marina
22/01/2017

Complicada e perfeitinha, Alice Wegmann reapareceu esta semana em “A lei do amor” como uma nova mulher. Por trás dos óculos de grau de Marina, a massoterapeuta de longos cabelos castanhos, ninguém sabe se há uma sósia, uma irmã gêmea ou a própria Isabela, repaginada para retomar sua história. Estaria a moça de volta para se vingar de Tiago (Humberto Carrão), por acreditar que o então namorado tentou matá-la depois de uma discussão acalorada? A nova trama é um mistério até para a própria atriz, ela garante:

— Até hoje eu não sei quem é essa garota, ninguém a definiu para mim. A sinopse que recebi só diz que Marina é “carioca, solar e simpática”. Não sei mais nada. Mandei até um e-mail para Maria Adelaide (Amaral, autora da novela): “Me ajuda a construir essa personagem, me conta quem é ela, pelo amor de Deus!!!”. E ela: “Menina, Marina é outra pessoa, se vira” — conta Alice, com um sorriso ansioso: — Aí, além das diferenças na aparência, eu tentei adocicá-la, colocar um tom de voz mais suave nela. Isabela era mais dura na queda, marrenta. Mas tudo em volta é mesmo uma incógnita. Já ouvi uma teoria invertida de que foi Marina quem inventou ser Isabela, antes. Eu acredito em tudo! Novela é uma obra aberta e estou receptiva a qualquer possibilidade.

Da cena em que Isabela bate com a cabeça no barco, fica desacordada e é jogada ao mar por Fininho (Hugo Resende), desaparecendo de vez, até ressurgir na pele de Marina, na última segunda-feira, Alice teve miniférias de quase dois meses, no meio da novela.

— Daqui em diante, só quero assinar contrato de trabalho assim — brinca a atriz, que aproveitou o recesso para viajar com sete amigas para a Bahia, em dezembro: — Fui para Salvador e Chapada Diamantina, me reenergizei para entrar 2017 com o pé direito. Conhecer gente diferente e respirar novos ares ajuda a dar uma mudada.

Além disso, para brincar de ser duas, a intérprete assistiu a cenas da primeira versão de “Selva de pedra” (1972):

— Sabe aquela cena épica da Simone (Regina Duarte) sendo desmascarada, que rendeu 100% de audiência ao capítulo? Busquei referências ali... Mas agora a história é diferente e o tempo é outro. Minha maior inspiração são pessoas e coisas que eu vi e vivi.

Isabela, seu papel na primeira parte de “A lei do amor”, surgiu como reflexo de uma amiga muito querida por Alice, homônima à personagem. Desligada de novelas, a estilista e empresária Isabela Matte, de 18 anos, conta que passou a assistir à trama das nove só para prestigiar a amiga e matar sua curiosidade:

— Fico lisonjeada por ter sido eleita a musa inspiradora dela. Realmente, a Isabela da novela tinha muito a ver comigo: no jeito de se vestir, na independência, em gostar de fazer o bem. Só não uso a franjinha que fez sucesso entre as meninas, senão eu pareceria ter 8 anos. Já tenho cara de bebê!

Alice e Isabela se conheceram no início do ano passado, quando a atriz passou um mês e meio nos Estados Unidos, para fazer um curso de interpretação na tradicional New York Film Academy. A temporada morando fora e sozinha marcou uma nova fase na vida da carioca, que acredita ter experimentado “a crise dos 20 anos”.

— O ano de 2016 foi de autoconhecimento para mim. Pude pensar bastante, me conhecer, remexer algumas coisas para entrar bem na fase adulta (ela completou a maioridade no dia 3 de novembro). Viajei sozinha, comprei um carro, terminei um namoro longo (de dois anos e meio, com o estudante de jornalismo Pedro Malan, filho do ex-ministro da Fazenda), engordei por conta da ansiedade, passei até a marcar consulta médica sozinha! Tem coisa mais adulta que isso? (risos) — brinca Alice, empolgada: — Também planejo ter um espaço só meu. Como gosto de receber gente em casa e ainda moro com meus pais e meu irmão, fico com receio de incomodar. Mas tudo no seu tempo, porque conciliar novela com faculdade já dá bastante trabalho. Uma mudança agora iria complicar...

Na reta final do curso de Publicidade na PUC-RJ, ela aproveita o meio acadêmico também para participar de debates sobre assuntos cotidianos. Cada vez mais empoderada, Alice participa de um coletivo feminista.

— É um grupo de discussão. A gente se reúne ou se fala pelo Facebook para levantar questões, debater assuntos atuais e antigos do mundo com foco no feminismo, que ainda assusta os conservadores. Ainda tem quem pense que feminismo é o contrário de machismo. É difícil fazer entender que não é, que o objetivo do movimento é a igualdade entre os gêneros, a luta das mulheres pelo lugar delas no mundo. Não queremos ser mais nem menos que os homens, mas sermos tratadas da mesma forma que eles — explica, dando um exemplo: — Gente que eu conheço acha que mulher só deve sair de casa se for para casar. Não é que eu não queira casar e ter filhos. Mas sempre cultivei em mim o desejo por independência, liberdade. Acho importante estar inserida num grupo que faça a diferença.

Apaixonada por esportes desde criancinha, Alice praticava natação, jogava futebol e tênis e fazia ginástica olímpica (ela chegou a ser federada, mas deixou a prática aos 11 anos, depois de machucar feio os dois calcanhares).

— Desde cedo sofri preconceito por ser mulher. Ouvi muito: “Você é menina, não sabe jogar futebol” ou “Ah, até que você faz isso bem para quem é mulher” — lembra ela, que também já foi vítima de assédio algumas vezes: — Uma delas foi chocante. Estava andando com minhas amigas na Lagoa e um cara parou na minha frente e começou a se masturbar. Não, eu não estava de minissaia, estava toda coberta. E, mesmo que eu estivesse, não seria esse o motivo. O nome disso é machismo, um mal que está enraizado na nossa cultura e faz o cara achar que pode se apropriar da mulher de qualquer forma. Quantas vezes a gente passa na rua e é chamada de “gostosa” de maneira desrespeitosa! Muita coisa precisa mudar.

A porção combativa de Alice é só uma das variadas facetas que ela é capaz de assumir na vida.

— Todo mundo tem isso de ter fases. Particularmente, acho até bom para a profissão que escolhi ser alguém versátil, poder explorar tudo para cada personagem. Tenho muitas dentro de mim! Para começar, minha Lua é em Peixes, e isso me faz muito sensível. Estou sempre sentindo um monte de coisas — diz, baseada no mapa astral traçado há pouco tempo: — A astróloga falou: “Você veio a este mundo para aprender, hein, minha filha?”. E é isso mesmo! Meu ascendente em Aquário não me deixa ficar entediada, estou sempre em busca de alguma coisa nova. Agora mesmo, estou fazendo um curso de massagem, já que Marina vai trabalhar num spa. Minhas amigas estão loucas por um shiatsu, uma drenagem linfática (risos). Sempre gostei muito de fazer massagem e cafuné nos outros. O toque é terapêutico para quem recebe e para quem faz...

Foi com um cafuné e toda a serenidade que lhe é peculiar que Alice prestou socorro a um garoto, atropelado na sua frente, na Lagoa, na véspera do Natal.

— Ele estava a quatro passos de mim. Calculou errado na hora de atravessar a rua e levou uma pancada muito forte. Liguei para a mãe dele e fiquei com ele uma meia hora, esperando a ambulância chegar. Enquanto isso, eu conversava e acariciava a cabeça do João para acalmá-lo. Nunca o tinha visto antes, mas ele me reconheceu e ainda conseguiu ser bem-humorado: “Olha, gente, estou ganhando cafuné de uma menina que fez “Malhação”! Acho que não sou tão azarado assim...”. Quando ele se foi, eu desabei a chorar — relembra ela, assumindo-se sensível demais: — Eu me emociono com o “Caldeirão do Huck” e o “Arquivo confidencial”, do “Faustão”, assisto ao “The voice kids” com um lencinho do lado.

Esse lado solidário da filha é ressaltado pelo engenheiro Paulo Corrêa, de 51 anos, com orgulho.

— Uma coisa legal da Alice é querer sempre fazer o bem para as pessoas, buscar o melhor dos outros. É muito otimista, e acho que isso ela puxou de mim... No pouco tempo que tem livre, ela ainda consegue se colocar em favor dos outros. Ano passado, se juntou com um grupo durante dois fins de semana a fim de construir casas para pessoas carentes. Na época que fez “Malhação”, ia a hospitais contar histórias para crianças — revela ele, acrescentando que os fãs recebem uma atenção toda especial da filha famosa: — Já a vi chegar uma hora antes de fazer uma peça e sair duas depois só para atender todo mundo que pedia um beijo, uma foto, um autógrafo. Tem um grupo de fãs fiéis, que todo ano encontram Alice no início de novembro para celebrar o aniversário dela. Levam bolo e tudo mais para fazer a festa.

Sempre bem-humorada, do tipo que gargalha de si mesma por ser muito desastrada, Alice diz que fica encabulada com muito elogio.

— Isso é uma coisa que me deixa muito tímida. Nunca sei como agir, o que dizer... Às vezes, não acredito no que a pessoa está falando e fico sem saber como lidar — conta ela, comumente exaltada por sua beleza: — Ah, eu me acho musculosa, larga demais, e isso me dá uma aparência mais bruta. Gosto de receber elogios, é claro, mas tenho minhas inseguranças, embora lute para me livrar delas.

A moça sempre animada, que ama se acabar numa pista de dança, confessa que também adoraria ter uma voz bonita para cantar:

— Eu não gosto da minha voz, a verdade é essa. Se eu pudesse escolher, se Deus tivesse me dado esse dom, eu seria uma cantora de axé!

Francisco Gil, de 21 anos, se diz um dos responsáveis pela paixão avassaladora que Alice sente pela música baiana. Neto de Gilberto Gil e filho de Preta, foi o músico que apresentou o carnaval de Salvador à melhor amiga.

— Sou veterano nisso. Eu a levei para o bom caminho, agora ela está viciada! — brinca: — Ela canta bem, sim! Só não acreditou ainda. Quando pegar uma personagem cantora, vai soltar a voz.

Os dois se conheceram em 2009, por meio de um ex-namorado dela que era amigo de infância dele. E a identificação foi instantânea:

— Alice é a pessoa mais extrovertida e cheia de energia que eu já conheci. Ela preserva a criança interior, é livre. Sempre admirei isso nela porque também sou assim: não temos medo de ser quem somos. Ela é minha amiga-irmã, somos confidentes, íntimos. Trocamos muitos conselhos, inclusive os sentimentais.

Muito romântica — do tipo que manda flores e cartão e leva café da manhã na cama para o amado —, Alice afirma que, no momento, só quer continuar apaixonada por ela mesma e por tudo o que está conquistando.

— Tenho preguiça de procurar alguém, sabe? Estou numa fase boa, de paz, caseira. Só busco ser feliz. Se por acaso aparecer um cara inteligente, interessante e interessado, ótimo!


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