Valor

Tipo de Clipping: WEB

Data: 13/02/2017

Veículo: Valor Econômico

Cresce a aposta em uma meta menor
13/02/2017

As surpresas positivas com o IPCA têm fortalecido o debate sobre a redução da meta de inflação para 2019 na reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) em junho. Essa possibilidade poderia abrir espaço para o Banco Central promover um corte maior da Selic, o que já está, em parte, refletida no mercado, contribuindo para a queda dos juros futuros nos últimos dias.

Hoje a meta de inflação está em 4,5% com uma banda de tolerância de 1,5 ponto para baixo ou para cima. Com a expectativa de que a inflação fique abaixo de 4,5% neste ano, os economistas veem espaço para redução da meta para 2019.

Para o ex-presidente do Banco Central e sócio da Tendências Consultoria, Gustavo Loyola, dada a evolução positiva da inflação há um espaço para uma redução gradual da meta de inflação para algo em torno de 4% para 2019. "A meta de inflação no Brasil é mais alta que a de outros países, e há alguns ganhos quando se reduz a meta, como efeito positivo nas expectativas", afirma Loyola.

Em evento do Credit Suisse no mês passado, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, disse que no longo prazo o BC deve levar a inflação para uma meta parecida com a de outros emergentes, em torno de 3%.

A redução da meta de inflação em um regime em que a política monetária tem credibilidade, segundo Loyola, pode ajudar a reduzir as expectativas de inflação sem a necessidade de se ter uma taxa de básica de juros tão alta. "Isso reforça a credibilidade da política monetária e, com isso, se pode ter uma taxa de juros real de equilíbrio menor ao longo  do tempo."

A mediana das projeções para 2019 na última Pesquisa Focus estava na meta, em 4,5%.

As condições para a redução da meta para 2019 "estão colocadas" e seria um erro não aproveitar esta oportunidade, na opinião do professor da PUC-Rio e economista-chefe da Opus Investimentos, José Marcio Camargo, que vê a possibilidade de um corte para 4%. Para ele, a inflação deve continuar caindo e, se a política monetária mantiver o ritmo atual, as expectativas para a inflação em 2018 estarão muito baixas, o que justificará o corte da meta. "O país está passando por uma série de reformas fundamentais para que esse movimento seja feito. A Selic deve fechar este ano em 9,5% e cair mais em 2018. E, mesmo assim, a inflação deve seguir comportada."

O risco é que haja algum problema externo que gere uma desvalorização cambial. Mas, mesmo essa possibilidade é vista pelo economista como pouco provável.

O ex-diretor do BC Carlos Thadeu de Freitas, pondera que o BC deveria esperar alguma estabilidade da atividade e da dinâmica da dívida pública antes de reduzir a meta de inflação. "Ainda teremos frustrações fiscais, vamos continuar registrando déficits por alguns anos. O BC deveria aproveitar o bom momento da inflação para reduzir mais intensamente os juros e o custo de financiamento tão elevado que trava a economia."

Uma meta de inflação mais baixa, segundo Freitas, acabaria limitando o espaço para queda mais forte dos juros. "Já temos condições de não esperar até dezembro para 'cantar parabéns'. Até setembro, outubro o juro já poderia estar na casa de 9%", diz Freitas.


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