Ser aprovado no vestibular, independente da posição na classificação, pode ser uma tarefa bastante complicada dependendo do curso escolhido. A dificuldade é ainda maior quando se trata da graduação com a nota de corte mais elevada do processo seletivo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj): Engenharia Mecânica. Para passar era necessário tirar, no mínimo, 89,75. Pedro Henrique Cardoso Paulo foi além e obteve 98 pontos dos 100 possíveis, o que lhe rendeu a primeira colocação geral do concurso.

Para alcançar tal feito o jovem, de 18 anos, frequentava as aulas regulares do 3º ano do ensino médio na escola, aulas de apoio no contraturno e um curso pré-vestibular. O novo universitário ainda arrumava tempo para revisar a matéria em casa. "As aulas e o apoio dos professores foram fundamentais. Por mais que a gente estude sozinho, não vemos alguns detalhes e dicas que só eles percebem. Fico feliz pelo meu esforço ter sido recompensado. Antes da divulgação da nota estava em dúvida, mas quando saiu fiquei muito confiante. Ali percebi que não foi em vão", disse.

Para isso, ele precisou abrir mão de boa parte do seu tempo livre durante a semana. No entanto, aconselhou que, apesar da necessidade de se dedicar aos estudos, é importante que os candidatos se organizem para ter alguns dias de folga durante a preparação, uma vez que o desgaste pode atrapalhar na hora de assimilar os conteúdos. "Um bom resultado exige esforço. A maioria do meu tempo era voltado para os estudos, mas quando dava tentava sair um pouco e relaxar. Em momento nenhum devemos abdicar 100% do lazer, pois chega uma hora que a cabeça pede um descanso", comentou.

Pedro também foi aprovado para o mesmo curso na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Mesmo admitindo sua preferência pela UFRJ, o estudante ainda não decidiu em qual universidade vai estudar. Mas se há dúvidas sobre a instituição sobram certezas na escolha da carreira. "É algo que eu queria há muito tempo. O que mais pesou foram as matérias da escola que mais me interessavam. É claro que a parte financeira tem sua influência, mas não é só isso. Também gosto do cotidiano da profissão, já pesquisei muito e tenho uma noção de como é o dia a dia na área", falou.