Gazeta

Tipo de Clipping: WEB

Data: 29/11/2014

Veículo: Gazeta Digital

Pra mudar, Sr. Governador eleito
29/11/2014

É preciso ser criativo e inovador para mudar a lástima do ensino em seu estado. Para isso deve-se romper com o que aí está como sistema de ensino. O Brasil, assim como seu estado, está superado em matéria de educação, tanto na parte gestora, pedagógica e física. Esta, física, com esses projetos arquitetônicos únicos e de equipamentos, não induzem a juventude a compactuar sua escola com o seu tempo, com os dias atuais. Há conflitos entre o que se vive nas ruas e na televisão e sua relação com o desenho do novo mundo, com o modo vida da atualidade e do pensar do estudante de hoje. Imaginem os leitores se nossa arquitetura não evoluísse e vivêssemos dentro do mesmo padrão arquitetônico. Seria massacrante, assim como era a vestimenta chinesa padrão na época de Mao Tse Tung. 
O estudante atual, desta geração, exige mobilidade e flexibilidade além de viver acontecimentos em tempo real. São situações impostas pelo mundo virtual que acelerou a comunicação, a informação e o conhecimento e eles são partes dessa evolução, dessa dinâmica que a vida do conhecimento e da tecnologia está impondo ao mundo civilizado. Absorvem tudo com muita rapidez e isso demanda processos intelectuais mais criativos e inovadores para a educação. Quando há conflito nesse processamento, a crise se instala e a revolta é sua demonstração. A caminhada dos jovens fica pesada e desestimulante e como o padrão social é de que jovem tem que estudar, cria-se com a frustração a semente da violência como resposta ao seu fracasso. 
Quem é o culpado ou responsável por isso? A família, o Estado ou a sociedade? Todos o são, menos o jovem. Ele é o produto acabado da falta de ação das famílias em cobrar do Estado uma boa educação, da falta de responsabilidade do Estado em atuar na defesa de seu futuro que é representado por essas novas gerações e pela sociedade que fica a espera de que tudo se realize, não se questiona e permanece inerte ante a todos os acontecimentos lastimosos da educação. Isto faz com que milhares de jovens vão com seus sonhos para a lata do lixo. As estatísticas estão aí para provar que 97% dos crimes são praticados por jovens entre 14 e 30 anos. Por armas de fogo são 43%. Sr. Governador, é um quadro triste e cabe ao seu governo mudar isso. Sr. Governador, antes de outras iniciativas, pense grande na educação dos jovens do seu estado. O futuro do País está sangrando. 
Não será pintando escolas, renovando carteiras e colocando computadores em salas de aula que se conseguirá dar solução ao aprendizado de nossas crianças, de nossos jovens. Vai muito além disso. A base crucial para um novo mundo educacional é a forma de se comunicar que o estado pode oferecer via seus professores. É essa forma de se comunicar que vai fazer a informação chegar e processar conhecimento aos jovens. Isso terá reflexo direto na vida social. O estado tem que exigir das famílias cooperação na evolução dessa relação sob pena de ser de alguma forma penalizada, como por exemplo, com a perda do ensino gratuito. As famílias não podem transferir às escolas a educação social de seus filhos. Elas têm que ser chamadas a responsabilidade. Sr. Governador, isso lhe cabe como gestor do ensino público que é pago por todos. 
Como escrevi no início deste artigo, a educação nos dias atuais exige criatividade e inovação aos seus gestores, aplicadores e a sociedade como geradora e beneficiária dela. Tudo isso se condensa em produtividade. Considero a alternativa de formar um Conselho Administrador, com autonomia na administração e formulação da política educacional do seu estado, Sr. Governador, como um caminho criativo e inovador a evolução. O seu Secretário de Educação será seu elo com o Conselho e o presidente dele. A sua composição, tempo de mandato e perda da função de seus membros pode ser definida em assembleia para esse fim de constituição, assim como a condição de sempre caber ao Secretário de Educação a presidência do mesmo. 
Outra ação inovadora seria a criação de regiões educacionais no seu Estado de forma que a cada uma delas, de acordo com suas necessidades e exigências, pudesse ser aplicada a melhor política educacional com melhor produtividade no aprendizado e consequente evolução do ensino. Isto é também uma forma de conseguir melhor aplicação de recursos e obter melhores resultados. As condições de cada região são distintas, até mesmo por forças culturais e de sobrevivência. As metodologias na aplicação do ensino teriam mais eficiência e motivação para que os envolvidos, gestores, professores e alunos dessem um grande abraço na Educação, no Saber. Sinais de alento foram dados neste artigo. É pra mudar Sr. Governador eleito. 


Rapphael Curvo é jornalista, advogado pela PUC-RIO e pós graduado pela Cândido Mendes. E-mail: raphaelcurvo@hotmail.com


Mais sobre Gazeta
Tipo de Clipping: Web Data: 19/06/2019Veículo: Gazeta Online

Tipo de Clipping: Web Data: 13/06/2019Veículo: Gazeta do Povo

Tipo de Clipping: Web Data: 25/04/2019Veículo: Gazeta Online

Tipo de Clipping: WebData: 07/04/2019Veículo: Gazeta Online

Tipo de Clipping: Web Data: 06/04/2018 Veículo: Gazeta Online

Tipo de clipping: WebData: 19/03/2018Veículo: Gazeta Online

Tipo de Clipping: Web Data: 15/03/2018 Veículo: Gazeta SP

Tipo de clipping: WebData: 15/03/2018Veículo: Gazeta Online

Tipo de Clipping: Web Data: 15/12/2017 Veículo: Gazeta Digital

Tipo de Clipping: Web Data: 13/11/2017 Veículo: Gazeta Digital

Tipo de Clipping: Web Data: 02/09/2017 Veículo: Gazeta Digital

Tipo de Clipping: Web Data: 20/08/2017 Veículo: Gazeta Online

Telefones:
(21) 3527-1140 e (21) 99479-1447 | Ramais: 2252, 2245, 2270 e 2246
E-mail:
imprensa.comunicar@puc-rio.br