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Tipo de Clipping: WEB

Data: 13/12/2014

Veículo: Gazeta Digital

Gazeta Digital: Não dá mais
13/12/2014

Estamos vivendo uma situação que não encontra alternativa a uma solução de curto prazo e que está sendo exigida para evitar a desorganização social que está prestes a acontecer. Não é alarmismo não, é fato. Basta que o leitor tenha um mínimo de senso crítico para perceber que estamos à deriva e caminhando a passos largos para um enorme atoleiro, em todos os campos ou setores. Fico estarrecido quando vejo empresários de porte na economia nacional jogar todas as fichas no novo Ministro da Fazenda Joaquim Levy como o homem a encontrar saídas aos problemas do Brasil. É um risco de que Mantega já foi exemplo, descontados a postura e personalidade entre eles. O ex era um pau mandado e o novo parece que manda pau. 
O estilo dilmista de governar é rota de colisão com o jeito de pensar e administrar a economia do novo ministro. E aí mora o perigo dessa nomeação política da presidente para apenas acalmar os ânimos pós eleição em que muito ainda está envolto em dúvidas na lisura do pleito eleitoral. Dado o perfil do nomeado, foi mais uma tentativa de dizer que vai moralizar a administração pública e organizá-la que propriamente uma política de governo na economia. Caso real esta avaliação, teremos pouco tempo de Levy, a menos que os tempos sejam outros e que as lágrimas da festa da Comissão da Verdade (?) uma emoção passageira e não um sentimento sufocado por anos. 
O Congresso Nacional está aniquilado com a postura de subserviência da maioria dos seus membros ao Poder Executivo, mais que isso, vendido ou comprado pelos ministérios e cargos ou até mesmo por R$ 748.000,00 de emendas que desavergonhadamente, no maior absurdo da história, foram condicionadas em texto legal, a aprovação da alteração na Lei de Responsabilidade Fiscal, o que abriu de vez as possibilidades de malfeitos com o dinheiro público. Em razão do balcão de negociatas, os partidos, como PMDB, estão cobrando mais participação no governo, não para auxiliar no crescimento do Brasil, mas para atender aos pedidos da presidente nas suas MPs. 
Por outro lado não há indicativos da população, em geral, de que ela sairá às ruas para protestar contra toda essa lambança que está acontecendo em todo o País. A passividade do povo brasileiro é que permite esse caminhar para a decomposição do Brasil. A roubalheira é desenfreada e já não incomoda mais os larápios da economia nacional. Mesmo com toda essa operação policial e da mídia, nada detém os surrupiadores dos cofres públicos que parecem ter controle da situação e pouco se sentem afetados, continuam ativos e mais céleres. Os quadros de apoio ao governo, ex-presidentes e governadores, emitem imagem de que suas técnicas estão sendo bem aproveitadas e aplicadas pelos seus seguidores. Em qualquer canto do território nacional, raras exceções, tem bandidagem. 
As contas do governo, ao que parece, estão no fundo do caixa. Muitas contas são pagas com recursos de fontes que deveriam ser preservadas para o desenvolvimento da economia, bancos oficiais por exemplo. Já há uma desconfiança que até o mês de fevereiro o governo terá uma tarefa das mais árduas para cobrir os pagamentos dos programas sociais, além dos relativos a educação e saúde. A conta não vai fechar. A fuga de capitais está visível na nossa economia e o processo de captação perdeu força pela falta de credibilidade do governo brasileiro em razão de todas essas falcatruas cometidas, principalmente pela Petrobras, que é apenas a ponta do iceberg. A paralisação de obras é uma realidade e tudo isso tem um alto custo. A Petrobras irá desembolsar mais de 100 milhões aos trabalhadores dos prestadores de serviços na refinaria de Abreu e Lima. 
A verdade é que o governo vai precisar ‘tomar‘ muito dinheiro. De quem? De quem tem dinheiro. A elevação dos impostos é certa para os próximos meses e vai atingir as maiores fontes. Via produção nacional não é mais possível coletar, aporte de fora via investimento sabe-se lá quando, ante todas as mazelas e insegurança, inclusive legais como na LRF, pelo crédito é inviável ante a perda de capacidade de pagamento pelos altos juros e salários. O que está ficando bem clara é a maquiagem estatística do desemprego que é alto. Vai aumentar mais ainda a busca pelo seguro desemprego que já passa da casa dos 20% da força ativa. O bônus e seguro desemprego já ultrapassam mais de 45 bilhões e os favorecidos não são considerados desempregados. A verdade pura e crua é que para continuar nessa mentira que é o Brasil, não dá mais. 


Rapphael Curvo é jornalista, advogado pela PUC-RIO e pós-graduado pela Cândido Mendes. E-mail: raphaelcurvo@hotmail.com


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