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Tipo de Clipping: WEB

Data: 09/06/2015

Veículo: Extra

Estudantes criam turma do estupro em jogos universitários e debocham em rede social
09/06/2015

No último feriado, cerca 1.500 estudantes participaram da quarta edição dos Jogos Universitários de Comunicação Social (JUCS), na cidade de Vassouras, na Região Centro-Sul do estado do Rio de Janeiro. Entre competições acirradas e festas, o evento, que era para ser uma confraternização entre alunos, foi marcado por discriminações de gênero, raça, orientação sexual, tipo físico e até apologia ao estupro.

Nas arquibancadas dos JUCS, esteriótipos e ofensas comuns em estádios de todo o Brasil são reproduzidos por estudantes não só de comunicação, mas também por outros jovens que vão para acompanhar as disputas e as festas. Terminada a competição, as redes sociais viraram espaço de discussão, provocação e ainda mais ofensas. Pessoas que estavam presentes relataram que alunos de uma universidade particular da capital se classificavam como a “turma do estupro”. Nas redes, alguns deles ainda debocharam de uma crítica feita anonimamente, em um grupo que reúne pessoas que participaram do evento. “Fazemos sim e no próximo vamos fazer pior #turmadoestupro”. Questionado sobre o fato de fazer apologia ao estupro ser considerado crime, o aluno seguiu desdenhando: “Me prenda!”, escreveu.


Alunos também relatam que foram vítimas de ofensas racistas. Uma estudante, que prefere não se identificar, conta que ouviu, enquanto participava de uma das competições, gritos preconceituosos contra ela.


— Algumas pessoas da PUC falaram que meu cabelo era “de bandido”, me chamaram de piranha. Como isso pra mim não é nenhuma ofensa, pedi para cantarem mais alto. Nesse dia eu sofri várias provocações e, claro, não cedi a nenhuma. Antes do jogo, ouvi algumas meninas da PUC cantarem “Ai ai ai”, da Vanessa da Mata, enquanto eu passava. A tentativa de ofensa virou elogio. Comecei a cantar mais alto que elas, já que a música é ótima e a cantora também — conta a estudante, de 19 anos.

A aluna revela ainda que manifestações machistas são comuns entre todas as torcidas que participam do evento, com exceção da equipe da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), que liderou um movimento para evitar gritos de guerra e cânticos machistas. A mesma iniciativa foi tomada por estudantes de Direito, que participaram também de jogos universitários no último fim de semana, em Nova Friburgo.

— Machismo sempre tem e por parte de praticamente todas as torcidas. A única que não fez gritos machistas foi a UERJ. Eles vieram nos apoiar no jogo contra a PUC e lembro que uma representante veio falar comigo que, caso nós puxássemos uma música machista, eles não iriam cantar junto. Achei maravilhoso. Não sabia dessa iniciativa dos jogos (jurídicos). Achei ótimo, já está na hora dessa situação absurda ser reconhecida como tal: um absurdo — opina.

Ao EXTRA, Rafael Cotta, representante da JC2 Esportes, empresa que organiza os JUCS, disse que a companhia repudia qualquer ato descriminatório dentro dos jogos e que o evento conta com um tribunal de justiça desportiva para avaliar a conduta de atletas e torcidas durante as competições. Segundo Cotta, durante o evento, houve apenas um caso de racismo registrado com a administração, que foi apurado e encerrado. Ele conta ainda que já há uma mobilização para que, na próxima edição, a ser realizada em 2016, haja maior conscientização dos participantes sobre a postura no evento.

— Nunca tinha tido nada nessa esfera, então ninguém se preocupou em fazer nada previamente. Sempre foi uma festa bonita, de integração. Durante o evento, chegaram alguns boatos, reclamações sobre xingamentos generalizados, coisa normal em torcida. Quando chega um registro formal de uma torcida com esse tipo de atitude, há a apuração dos fatos com a nossa comissão. O único caso formal que chegou pra gente foi apurado e foi constatado que não houve o fato. avaliar a conduta de atletas e torcidas durante as competições. Segundo Cotta, durante o evento, houve apenas um caso de racismo registrado com a administração, que foi apurado e encerrado. Ele conta ainda que já há uma mobilização para que, na próxima edição, a ser realizada em 2016, haja maior conscientização dos participantes sobre a postura no evento.

— Nunca tinha tido nada nessa esfera, então ninguém se preocupou em fazer nada previamente. Sempre foi uma festa bonita, de integração. Durante o evento, chegaram alguns boatos, reclamações sobre xingamentos generalizados, coisa normal em torcida. Quando chega um registro formal de uma torcida com esse tipo de atitude, há a apuração dos fatos com a nossa comissão. O único caso formal que chegou pra gente foi apurado e foi constatado que não houve o fato.


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