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Tipo de Clipping: WEB 

Data: 16/08/2015

Veículo: Extra

Por que vou: Aquele que silencia se deixa manipular. Vira peão no tabuleiro
16/08/2015

RIO - Fernanda Fiorito nasceu e cresceu em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Estudou por 12 anos no Colégio Santo Inácio e emendou mais cinco no Direito da PUC. Aos 40, está casada e tem duas filhas: uma de 9 e outra de 6. Por conta do doutorado do marido, que viaja com frequência, recorre à ajuda dos pais e de uma babá para criar as crianças. Fernanda é assessora de desembargador no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). Passou num concurso em 1999 e gosta do que faz. Acredita no Judiciário. Neste domingo, depois de tomar café num dos supermercados da vizinhança, vai à manifestação de Copacabana usando metrô e uma camiseta comprada por R$ 29 na mão de um designer amigo do irmão. No peito, carregará a frase: “Crime Ocorre & Nada Acontece & Feijoada”. Na cabeça, sua lógica jurídica: “se pedalada é crime da Lei de Responsabilidade Fiscal e é caso de impeachment, por que não cumprir a lei?”.
Fernanda segue política desde cedo, impulsionada por uma máxima do pai: “Quem não gosta de política é governado por quem gosta”. Em 19 de março de 1993, ainda universitária, ela apareceu na capa do GLOBO, em meio a uma manifestação. Seu rosto ilustrava a manchete: “Caras-pintadas voltam às ruas do Rio contra o aumento das mensalidades”. Até hoje, o recorte de jornal jaz amarelado em seu arquivo e incita memórias.
— Fui eleitora do Lula. Votei nele em 2002 e 2005 — conta. — Eu acreditava que o PT podia fazer diferente, fazer o tão sonhado governo voltado para o social. O Fome Zero era muito forte. Então sou daquelas que chorou na frente da TV ao saber da vitória do Lula. Meu voto em 2002 não foi em meu favor, mas pensando na massa. Foi uma aposta coletiva na solução de mazelas históricas.
Mas o escândalo do mensalão ganhou força e, aos olhos de Fernanda, em 2010, o projeto de inclusão pela educação não estava nem perto de ser implementado. Era hora de tirar o PT do poder. Mas, no segundo turno, o voto em José Serra (PSDB) não foi convicto, e a petista Dilma Rousseff levou a disputa.
— Pensei: “Tá bom. Ela é mulher. Algo de bom pode acontecer. É uma oportunidade única. Quem sabe agora sai a inclusão pela educação e não pelo consumo”. Mas o projeto ficou só no ideário. Vieram erros na coordenação econômica, e a estabilidade, conseguida a duras penas, ruiu.
Na noite de12 de agosto do ano passado, depois de assistir à última entrevista de Eduardo Campos, Fernanda decidiu que seu voto era dele. Doze horas depois, perdeu seu candidato num acidente de avião. 
— Então aderi ao Aécio Neves (PSDB) e trabalhei com unhas e dentes contra o PT. Catequizei ascensorista do TJ, caixa de restaurante a quilo e arrumadeiras do prédio. Na época, ninguém se convenceu a me seguir, mas hoje todos me dizem que estão arrependidos.
Para Fernanda, ir à manifestação de hoje não é golpismo, mas exercício de um direito. É demonstrar “a total intolerância com a corrupção engendrada pelo PT”.
— Ninguém está acima da lei. O uso do dinheiro do petrolão na campanha é crime eleitoral. Pedalada está na Lei de Responsabilidade Fiscal. A Constituição não pode ser um livro para enfeitar gabinete. As leis precisam ser aplicadas. E não tenho medo de tirar Dilma porque o (vice-presidente Michel) Temer assumirá. Aquele que silencia se deixa manipular. Vira peão no tabuleiro.


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