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Tipo de Clipping: WEB

Data: 03/10/2016

Veículo: Extra

Renovação de vereadores na Câmara cai para 35%
03/10/2016

RIO - Dos 51 vereadores eleitos ontem no Rio, 33 já têm mandato. No ano em todos os integrantes da Câmara do Rio tentaram a reeleição, a taxa de renovação na Casa caiu em relação a 2012, de 41% para 35%. Durante a campanha, especialistas já avaliavam que fatores como a campanha mais curta e o grande número de postulantes a um cargo no Legislativo — eram 1627 — favoreceria nomes conhecidos.

Entre os nomes conhecidos, está a veterana Rosa Fernandes (PMDB), que foi a quarta mais votada e garantiu o sétimo mandato da carreira, com 57.868 votos. Líder do ranking em 2012, ela perdeu a primeira colocação para Carlos Bolsonaro (PSC), que conseguiu 106.657 votos. Também foram mantidas cadeiras de outros ocupantes antigos, como Carlos Caiado (DEM), Renato Moura (PDT) e Jairinho (PMDB).

Para o cientista político Ricardo Ismael, da PUC-Rio, o resultado está relacionado às novas regras da campanha. Reportagem do GLOBO mostrou ontem que os 51 vereadores que concorreram à reeleição concentraram 15% de todas as doações feitas a candidatos para o Legislativo no Rio.

— Acho que essa renovação está muito em decorrência da campanha muito curta. Aí, os candidatos que já são mais conhecidos têm uma chance maior de reeleição — avalia Ismael.

O especialista destacou ainda o encolhimento da bancada do PMDB na Câmara. A sigla tem hoje 18 cadeiras na Casa e conseguiu eleger apenas dez ontem. O número também é inferior aos 13 eleitos pelo partido em 2012. Apesar do resultado, o PMDB ainda é o partido com mais vereadores, à frente do PSOL (6) e DEM (4).

— Evidentemente a redução maior é do PMDB. Em 2012, o Eduardo Paes ganhou no primeiro turno e agora o Pedro Paulo teve 16%, o que puxou para baixo a bancada do partido — acrescenta.

Um dos principais nomes do partido na Câmara, Rosa Fernandes admitiu que o desempenho de Pedro Paulo influenciou o resultado do PMDB no Legislativo. Antiga puxadora de votos do PMDB, Rosa recebeu 15% menos votos que em 2012.

— Acho que a gente teve o mesmo desempenho, talvez até melhor, porque na realidade que a gente está vivendo, com a majoritária não tendo tido um bom desempenho, a gente terminou sobrevivendo a essas adversidades — afirmou a vereadora.

Apesar da queda do PMDB, o quadro que se vislumbra na Câmara dos Vereadores é algo que não acontecia há muito tempo, na análise do cientista político e professor da UFRJ Paulo Baía. Se tanto Cesar Maia quanto Eduardo Paes tinham uma relação tranquila com a Casa, o mesmo não deverá acontecer com o próximo prefeito, seja ele Marcelo Crivella (PRB) ou Marcelo Freixo (PSOL): 

— O desafio para o vencedor vai ser formar uma maioria na Câmara, com a falta de renovação e a fragmentação partidária. A renovação da Casa não aconteceu em sintonia com a eleição majoritária. E os dois candidatos que estão no segundo turno não têm um histórico de negociação, de capacidade de diálogo. 

Baía lembra que um retrato semelhante ao atual ocorreu pela última vez quando Saturnino Braga era prefeito e perdeu ao longo de seu mandato a maioria na Casa. Sua gestão foi marcada pela falência da prefeitura. 

— É claro que não queremos uma Câmara submissa, mas a harmonia é importante. A falta de capacidade de articulação pode impedir uma boa gestão. E temos que lembra que a cidade, assim como o país, passa por um momento crítico, não está fora da crise fiscal.

partido novo elege estreante

Para se ter uma ideia, considerando apenas os partidos que compuseram as coligações dos dois candidatos no primeiro turno, Crivella teria hoje apenas quatro vereadores da base aliada entre os 51 eleitos: três do PRB e um do PTN. Já Freixo contaria com os seis parlamentares do próprio partido, já que o PCB — parceiro do candidato na primeira etapa das eleições — não elegeu vereador.

Possivelmente, a maior surpresa da votação para vereador este ano tenha sido o jovem de 24 anos Leandro Lyra (NOVO). Paraense que se mudou para o Rio aos 17 anos para cursar engenharia elétrica, ele começou a campanha com apenas cinco ex-colegas da faculdade, que ele completou no ano passado. Conseguiu 29.217 votos, ficando em décimo lugar, à frente de nomes consagrados como o atual presidente da Câmara, Jorge Felippe (PMDB), 12º lugar. 

— As redes sociais foram fundamentais para conseguirmos chegar onde chegamos. Nosso último vídeo teve mais de 90 mil visualizações somente no Facebook — conta ele, que já projeta como será a atuação como vereador: — Tenho consciência de que sou o único eleito do partido para a Câmara, o que pode dificultar a atuação em plenário. Mas o vereador tem como um de seus principais papeis a fiscalização dos gastos do Executivo e vamos concentrar esforços nisso, inclusive usando as redes sociais. 


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