Ceo da Agaxtur Aldo Leone Filho com Caroline Serejo Cypriano

Ludimila Honorato

ESPECIAL PARA O ESTADO

Quem não aproveitou ainda tem chance de se inscrever na edição 2016 do programa CEO por um Dia. Previsto inicialmente para o último dia 3, o prazo final para participar foi adiado por mais uma semana e vai terminar nesta segunda-feira, dia 10.

O programa é uma realização da consultoria de recrutamento de executivos Odgers Berndtson, com apoio do Estado, PDA International e Machado Meyer Advogados. Podem participar universitários do penúltimo ou último ano de qualquer curso superior reconhecido pelo MEC.

Neste ano, 16 grandes empresas aderiram ao programa e o presidente de cada uma delas vai receber, por um dia inteiro, um dos 16 estudantes a serem selecionados. Para isso, o time de diretores seniores da Odgers analisará características, competências e comportamentos dos jovens, que tenham forte tendência com negócios, liderança e gestão. As inscrições são feitas exclusivamente no site www.ceox1dia.com.br

Participantes da primeira edição, realizada em 2015, avaliam como “enriquecedora” a experiência de acompanhar a rotina do principal executivo de grandes empresas, mesmo que por pouco tempo. No ano passado, nove universitários foram selecionados e, um ano depois daquela experiência, há quem aplique o que aprendeu tanto na vida profissional quanto pessoal.

Uma das selecionadas foi a estudante de Direito pela PUC-Rio Caroline Serejo Cypriano, que passou um dia ao lado de Aldo Leone Filho, CEO da Agaxtur, empresa de turismo com mais de 250 colaboradores. Segundo ela, não lhe causou conflito ser estudante de Direito e ter sido escolhida para a Agaxtur. Na verdade, até contribuiu para que ela pudesse ajudar a mãe, proprietária de uma agência de turismo.

Caroline diz que o mais enriquecedor foi ver de perto o que um dirigente faz. “As responsabilidades de um CEO são gigantescas, é uma atividade muito difícil e complexa. Entender o que eles fazem tira o mito de que o CEO está só ali na empresa e é a cara da empresa.”

Depois do programa, Caroline fez um intercâmbio nos Estados Unidos, onde fez participou de uma competição de planos de negócios e colocou em prática o que aprendeu. “Eu estava à frente do time, era a CEO da empresa, então pude aplicar a visão mais gerencial e administrativa. Foi algo bom e será útil no futuro quando eu abrir minha empresa”, diz.

Ana Paula Vidigal com Carlos Arthur Nuzman

Outra selecionada foi Ana Paula Vidigal, que acompanhou o dia de Carlos Nuzman, presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB). Posteriormente, ela trabalhou por um mês em uma das empresas patrocinadoras dos Jogos Olímpicos 2016. “Foi interessante acompanhar a preparação do evento pelos olhos da organização e depois ver a ativação, como tudo foi implementado”, conta.

Ana Paula concluiu agora em 2016 o curso de Administração de Empresas e Marketing na ESPM e já tinha trabalhado em projetos semelhantes, porém menores. Para ela, participar de um dos maiores eventos esportivos do mundo foi decisivo para a trajetória que pretende seguir. “Foi um grande sonho que se tornou realidade e eu descobri que realmente quero trabalhar com isso”, acrescenta.

O teste de personalidade aplicado pela Odgers durante o processo de seleção também foi um momento para aprender. “Eu pude ter uma ideia de como sou vista profissionalmente e dos pontos em que posso melhorar”, afirma.

Recém-formado em Engenharia de Manufatura pela Unicamp, Marcelo Plec Manão admirou a experiência de Marcelo Noll Barboza, presidente Brasil e Argentina da Valeant, uma empresa farmacêutica.

“Era interessante ver como ele era capaz de resolver problemas, procurar soluções e conversar com o grupo”, diz Manão. Hoje em dia, atuando como analista de negócios, ele afirma colocar em prática mais as estratégias interpessoais. “Espero que num futuro próximo eu possa utilizar a parte mais técnica, de decisões de negócio mesmo”, almeja.

Ceo da Valeant, Marcelo Noll Barboza com Marcelo Plec Manão

Moyra Rangel Ceneviva participou do programa quando estava no último ano de Administração de Empresas da Unicamp. Ela diz que se identificou com o perfil de Nadir Moreno, CEO da UPS Brasil.

“Nadir tinha uma capacidade muito grande de memorização, sem precisar anotar, e usava isso como forma de interesse, de saber com quem e do que estavam falando”, conta.

Moyra diz que essa referência ajudou na questão de análise e de ouvir com atenção, técnica que utiliza atualmente em seu trabalho na área de recursos humanos da fábrica da Honda.