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Tipo de Clipping: WEB

Data: 01/11/2016

Veículo: Extra

Prefeitos eleitos das maiores cidades da Baixada Fluminense planejam ações conjuntas
01/11/2016

Construção de novo hospital, reforma de escolas e creches, programas de asfaltamento nos bairros... As promessas foram muitas durante a corrida eleitoral. Com o poder da caneta nas mãos, os novos prefeitos vão enfrentar agora a dura realidade da crise financeira em suas cidades. Mas para lidar com o caos financeiro que assola a região, eles prometem se unir.

— Nossa relação é muito boa. Já temos uma amizade antes de sermos prefeitos. Na política, só reforçamos isso. Hoje mesmo, estivemos conversando, nós quatro, e vamos nos unir em prol desses quatro maiores municípios da Baixada. Queremos uma parceria para ir a Brasília juntos. Chegar quatro prefeitos, das maiores cidades da Baixada, juntos lá em Brasília é outra coisa — declara o prefeito eleito em Belford Roxo, Waguinho (PMDB): — O Washington (Reis)sempre fala, por exemplo, da ideia de termos um hospital federal de grande porte na região, para atender Mesquita, Nova Iguaçu, Nilópolis, Queimados.

De acordo com o Índice Firjan de Gestão Fiscal, elaborado pelo Sistema Firjan e divulgado este ano, há nove prefeituras da Baixada em situação fiscal crítica, inclusive as quatro maiores. 

Para Luís Carlos Ferreira dos Santos Junior, advogado da área tributária do Gasparini, De Cresci e Nogueira de Lima Advogados, todos os eleitos precisam equilibrar as contas públicas. 

— Dentre tais medidas, podemos citar: a instituição de parcelamentos de débitos já existentes de IPTU e ISS para os contribuintes inadimplentes; instituição de benefícios fiscais para os pequenos e médios empreendedores dos municípios, de modo a estimular a produção econômica; e o combate à sonegação fiscal — lista: — Unidos, podem pensar em sistema de transporte integrado, despoluição da Baía de Guanabara e compartilhamento de informações para segurança.

Dos quatro eleitos, nas maiores cidades da região, três desbancaram candidatos da atual gestão. Para o professor de Direito da PUC-Rio, Manoel Peixinho, isso mostra que os eleitores da Baixada estão mais críticos:

— Houve um amadurecimento do eleitor que hoje sabe muito bem distinguir se o candidato que tem a máquina fez uma boa prefeitura.

Com a palavra, os eleitos

Washington Reis, prefeito eleito em Duque de Caxias

De volta ao cargo de prefeito da cidade, onde governou entre 2005 e 2008, o político do PMDB reafirma que irá romper o contrato com a Cedae logo que assumir. Reis ainda se comprometeu a entregar um novo hospital já no dia 5 de abril, quando faz aniversário.

O senhor vai mesmo romper o contrato com a Cedae, assim que assumir?

Perder a gente não perde nada. A gente já ganha é o respeito da população. Vou fazer parceria público-privada, fazer os lotes e licitar logo nos primeiros meses. Isso é um sucesso absoluto em Niteroi. Já era um projeto meu (romper o contrato), mas o governo me disse que ia melhorar e nada. Tenho certeza que isso vai melhorar a distribuição de água e o saneamento, que não existe.

Na Saúde, o senhor prometeu reabrir a emergência do Hospital do Duque e ainda construir o Hospital do Olho, no Laureano. A população pode esperar isso mesmo?

Vou reabrir a emergência do Duque a qualquer momento. Já estou trabalhando para isso. Para o Hospital do Olho também. Estou atrás do contrato do prédio que eu desapropriei, estou indo para Sorocaba amanhã (hoje) atrás de equipamentos, já estou com verbas de emendas minhas garantidas. Ou seja, no dia 5 de abril, certeza de que eu já vou operar um olho lá.

Vai ter dinheiro para cumprir essas promessas?

Não tenho noção de como está a situação financeira atual, mas não estou preocupado não. Eu vou dar conta do recado. Vou fazer um “decretão” daqueles exonerando de A a Z, passando a limpo. Vou ver o que tenho de recurso e ver o rombo. Mas isso, para mim, não é novidade. Há 12 anos, recebi a cidade das mãos do Zito sem servidor ter recebido seus salários de dezembro. Peguei a cidade arrebentada e a devolvi inteira, com dinheiro em caixa.

Waguinho, prefeito eleito em Belford Roxo

Eleito pela primeira vez ao cargo de chefe do Executivo do município, o político do PMDB quer reabrir a UPA do Bom Pastor e a Unidade Mista do Lote Quinze já nas primeiras semanas do governo. Waguinho confirmou que seu vice, Márcio Canella (PSL), será uma espécie de supersecretário da gestão.

A Saúde será sua prioridade?

Sim. Vamos reabrir a UPA do Bom Pastor e a Unidade Mista do Lote Quinze logo nas primeiras semanas. São dois prontos-socorros 24h. No dia 2 de janeiro, já começaremos um mutirão nas duas unidades para poder equipar e botar para funcionar. Nós também vamos despachar de lá. Só vamos sair quando as duas estiverem funcionando. 

A Educação de Belford Roxo é o último lugar da Baixada no Ideb. O que vão fazer de imediato para melhorar esse índice?

Não vamos construir nem creche nem escola nesse primeiro momento. Nesse início, temos que reformar as creches e as escolas que existem porque elas estão em estado precário, abandonadas. Vamos fazer reforma em todas essas unidades. Também vou chamar os profissionais da área para que se empenhem. O governo vai fazer a parte dele, que é pagar o salário em dia. Todos vão ter que arregaçar as mangas e trabalhar sério. Meus secretários de Educação e Saúde serão pessoas com perfil técnico.

Rogerio Lisboa, prefeito eleito em Nova Iguaçu

Com 63,91% dos votos, o candidato do PR diz que prioridade será pagamento em dia. Ele também quer, em cem dias, estender o atendimentos em postos de saúde.

Qual será sua primeira medida?

Vamos ter que montar esse gabinete de crise de verdade e arrumar a casa. Os postos de saúde não funcionam, as escolas estão em situação precária. Então, vamos tentar botar para funcionar com maior urgência.

A partir de quando pretende estender o horário das unidades básicas?

Tem uma parte dos moradores da cidade que sai às 4h30 e só chega em casa às 21h. Essas pessoas não têm a oportunidade de usar o sistema de saúde da cidade. Então, vamos estender este horário até às 21h durante a semana, e também atender aos sábados. Espero começar a implantar em cem dias.

Em quanto tempo deve começar a construção das unidades 24 horas?

Temos que criar regiões de saúde. Serão nove com médicos especialistas para que a pessoa não precise buscar especialistas no Centro da cidade. Isso já se dará ao longo do primeiro ano. 

O senhor tem alguma ideia para o Hospital Iguassu?

A proposta é criar um centro de imagem. Esse não dá para colocar nos bairros porque são poucos equipamentos e grandes que não podem ficar concentrados num lugar. Mas primeiro a gente tem que entender o que vai encontrar na prefeitura.

Como o senhor pretende pagar os salários atrasados? 

Na regra, a atual prefeitura tem que deixar uma folha paga em janeiro. Vou cobrar na transição. Mas vou cortar o gasto supérfluo, que é alto. O salário é prioridade. Não é possível o serviço público funcionar se o salário do funcionário não estiver em dia. Do segundo mês em diante, será prioridade.

Dr. João, prefeito eleito em São João de Meriti

Candidato do PR, Dr. João quer enxugar a máquina e investir na Saúde, reabrindo unidades de emergência.

A Saúde continua a ser a prioridade do seu governo?

Sem dúvida porque nas nossas caminhadas e campanha da rua, o que o povo mais clamava era por saúde: reabertura da UPA, do hospital infantil, construção de postos, funcionamento do PAM.

Qual vai ser sua primeira medida quando assumir?

Analisar execesso de comissionados, de secretarias, para ter condições de enxugar a máquina pública o máximo que a gente puder. Trabalhar só com o limite para investir em áreas como Saúde e Educação. Não podemos continuar com 8 mil cargos comissionados na prefeitura.

Como pretende quitar as dívidas com os servidores? 

Eu pretendo conversar com os funcionários através de sindicatos, órgãos representativos. Se o ano virar com três, quatro, cinco meses de atraso, só vai ter uma forma de resolver a situação: negociar com funcionários e parcelar atraso em dez, 12 vezes. Pagamos em dia nossa responsabilidade e parcelamos o atraso que o prefeito deixou porque não teremos verba suficiente para pagar três, quatro meses em dois meses.

Como o senhor pretende atuar na Educação? 

Tem que fazer um levantamento na secretaria. Montamos uma equipe técnica de transição e demos entrada na prefeitura. Se o prefeito aceitar, nossa equipe já começa a trabalhar e a gente poderá adquirir informações da realidade da área.


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