Tipo de clipping: Web
Data: 28/03/2017
Veículo: Jornal do Brasil
O jornal norte-americano The New York Times publicou nesta segunda-feira (27) uma matéria sobre as manifestações de conversadores que aconteceram no Brasil no domingo (26).
O diário diz que um ano depois de ajudar a pressionar pela saída da presidente Dilma Rousseff, menos conservadores se reuniram para protestos no Brasil.
Times destaca que exigências se voltaram ainda mais para a direita.
Dezenas de milhares de manifestantes saíram às ruas em pelo menos 18 estados no domingo em apoio à Operação Lava Jato. A investigação é ameaçada por legisladores que buscam restringir seu escopo e pedir anistia ao financiamento ilegal de campanhas, descreve o noticiário em seu texto.
Manifestantes na orla de Copacabana no Rio de Janeiro e na Avenida Paulista, em São Paulo, exibiram cartazes, gritaram levantavam recortes de papelão ilustrando o juiz Sérgio Moro, acrescenta o NYT.
Mas o número de manifestantes foi significativamente menor do que antes do impeachment, afirma o New York Times. Os manifestantes não visavam a saída de Michel Temer, apesar do crescente número de referências a ele e seus ministros em depoimentos de corrupção vazados. Alguns manifestantes até argumentaram que a remoção do atual presidente só criaria mais instabilidade política, relata o periódico.
"É um momento delicado", disse Ricardo Ismael, professor de Ciências Políticas da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, que observava os protestos. "O que fazer para renovar os líderes e os partidos?"
Além de manifestar apoio a lava jato, muitos dos que protestavam no Rio de Janeiro e em São Paulo também pediram mais liberdade para portar armas e alguns defendiam a intervenção militar no governo, como aconteceu em 1964, quando um golpe levou a 21 anos de ditadura, relatou o New York Times.